Para quem não sabe quem são Bonnie e Clyde, o Google está aí para esclarecer com mais profundidade. Mas dou uma rápida contribuição: era um casal de criminosos que aterrorizou a região central dos Estados Unidos e as autoridades americanas durante a grande depressão, tendo como especialidade roubar bancos e deixar vítimas fatais pelo caminho durante sua carreira criminosa. A imprensa americana na época acabou por fortalecer uma imagem do casal, dando certo glamour ao que não passava de uma dupla de delinquentes comuns que se diferenciava pela ousadia e pela crueldade. Foram mortos em uma emboscada da polícia após uma breve carreira criminosa.
Quem duvidou, e continua duvidando, que Lula 3 veio para se vingar do Brasil que o colocou na cadeia e comemorou sua prisão, precisa acordar rapidamente.
A vingança está em andamento e sendo aprofundada a cada dia que passa. Trazer Gleisi Hoffmann para a articulação política junto ao Congresso Nacional é um bom exemplo disso. Fora da base petista, Gleisi tem pouquíssimos amigos, inclusive dentro da esquerda. Envolvida na Lava Jato, foi processada com base em provas e delações que o STF decidiu não reconhecer, livrando a petista dos processos, mas jamais capaz de tirar da mente das pessoas o que foi revelado sobre ela – até em detalhes sobre sua intimidade.
Apesar de ocupar uma função política, sabe-se lá como escolhida pelo povo paranaense, a deputada, ex-senadora e melhor-pior presidente que o PT já teve, não consegue deixar de ser uma militante de esquerda com ideias retrógradas, comportamento errático, caráter e moral duvidosos, sempre disposta a usar qualquer método para atingir seus objetivos.
Agora Lula cogita levar para o governo, mais especificamente para a secretaria geral da presidência da república, o anarquista Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, apoiador e participante de inúmeros atos de vandalismo com algumas passagens pela polícia, outro que não dá para entender muito bem como foi eleito deputado federal, menos ainda como conseguiu chegar ao segundo turno de suas eleições para a prefeitura de São Paulo.
Se concretizada a nomeação de Boulos, Lula terá em seu ministério sua própria versão da dupla Bonnie e Clyde, fazendo a ressalva de que não há registros de que tenham cometido assassinatos - o que não significa que suas condutas militantes não possam ter deixado vítimas em função de suas atuações criminosas no envolvimento com corrupção e anarquia. A ida de Gleisi e Boulos para o ministério, ao contrário do contraditório discurso odioso de pacificação que Lula faz, é um sinal inequívoco da radicalização do governo, priorizando sua relação com a militância petista e com os movimentos sociais, dada sua queda de popularidade diante deste eleitorado.
Se na história original Bonnie e Clyde eram caçados pela justiça, Gleisi e Boulos contam com a proteção da justiça, que trata Daniel Silveira como criminoso por suas palavras e mantendo corruptos e arruaceiros livres até de processos, permitindo que, como Lula, cheguem aos degraus mais altos do poder – apesar da alta periculosidade que representam aos cofres públicos e à pacificação política tão necessária ao Brasil atual.
A tão falada reforma ministerial de Lula ainda deve mexer em outras peças importantes, sobre as quais só se têm especulações. Mas, se as mudanças planejadas seguirem o perfil Bonnie e Clyde de Gleisi Hoffmann e Guilherme Boulos, assim como o viés estatista/socialista/comunista de ambos, 2025 tende a ser o ano que o Brasil terá o pior time ministerial de sua história, com tudo para que o país quebre de vez antes do segundo semestre, com expansionismo de crédito irresponsável, aumento exponencial da inflação, escalda na alta dos juros, desemprego, e todos os elementos necessários para podermos, sem medo de errar, dizer que “a Venezuela é aqui”.
Gleisi e Boulos são os instrumentos de Lula para promover agitação na militância de esquerda, propagando narrativas que pretendem vender aos incautos a imagem de um Brasil que estaria melhorando, quando, na verdade, estará sendo preparado o terreno para uma radicalização ainda maior, que vai na contramão da responsabilidade fiscal, do desenvolvimento e, principalmente da já tão combalida democracia.
Com o poder judiciário ativista que temos, o poder legislativo apático e incapaz que temos, e com um poder executivo disposto à radicalização total na sua condução do país, já é hora de começarmos a nos perguntar: teremos mesmo eleição para presidente em 2026?
Não canso de lembrar da fala de Marcelo Freixo na cerimônia de sua filiação ao PSB, quando disse: “...as eleições de 2022 não são apenas “as mais importantes da história”, mas podem “ser as últimas”. “Não é dramático o que estou dizendo. A gente precisa admitir o tamanho desse risco e o tamanho da nossa responsabilidade”.
A imprensa extra-oficial tentou justificar a fala afirmando que tal risco se referia à possibilidade de Bolsonaro se reeleger. Mas é só olhar a desgraça que este governo produziu e 2 anos e 2 meses, a popularidade de Lula despencando, a economia em frangalhos e a necessidade de levar “Bonnie e Clyde” para o ministério a fim de resgatar a relação com o que tem de mais radical na esquerda brasileira para refletirmos se tal pergunta é mesmo absurda.
Quem viver verá. E que essa frase não seja literal.
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