Ovo está sendo processado nos Estados Unidos, e não é por qualquer zé-ninguém. O Rumble e a Trump Media, dois pesos-pesados da comunicação conservadora, decidiram levar a briga para um tribunal americano, acusando o ministro do STF de censurar ilegalmente aliados de Bolsonaro e vozes da direita global.
Se o próprio Donald Trump estiver envolvido nos bastidores, o caso pode escalar para uma questão diplomática de alto nível.
Mas isso é só um lado da história. No tabuleiro geopolítico, uma peça igualmente importante está sendo derrubada: a USAID, aquela agência norte-americana que financiava ONGs pelo mundo, está sendo desmantelada.
Para quem ainda acredita em contos de fadas, a USAID era uma instituição humanitária, distribuindo recursos para o bem da humanidade. Na realidade, sempre funcionou como uma linha de financiamento para ONGs progressistas que, com o pretexto de defender causas nobres, empurravam as agendas do globalismo em países soberanos.
Agora, com a torneira secando, o cenário se complica para muitos desses grupos. E é aí que as duas histórias se cruzam. O Onisciente Juiz-Procurador-Delegado, que se acostumou a governar o Brasil por meio de decisões arbitrárias e censura disfarçada de combate à informação e ao discurso de amor, pode estar prestes a perceber que seu poder não é tão absoluto quanto imaginava.
Quando o Império Contra-Ataca
A ação judicial movida nos EUA não é um detalhe insignificante. Não estamos falando de uma “fake news” plantada na imprensa nacional, daquelas que ele pode mandar apagar com um estalar de dedos.
Não, senhor. Nos Estados Unidos, ainda existe um sistema judiciário que funciona de verdade, e que não se dobra tão facilmente às vontades de burocratas autoritários.
Ainda há juízes em Berlim, Humpty Dumpty.
Se o processo avançar e o Ovalocéfalo for oficialmente reconhecido como um censor internacional, isso pode gerar um efeito cascata de proporções inimagináveis.
Já imaginou o que aconteceria se outros países seguissem o mesmo caminho e iniciassem suas próprias investigações sobre os abusos cometidos pelo Testa-de-ferro brasileiro contra a liberdade de expressão?
E se plataformas de redes sociais, pressionadas por esse tipo de processo, começarem a desafiar suas ordens de bloqueio?
Senca pode ser poderoso no Brasil, mas no exterior, ele é apenas mais um burocrata que abusou do próprio cargo e pode ter que responder por isso.
A esquerda, que agora diz admirar o Alopecia, deveria começar a se preocupar com o fato de que a censura não tem ombro -- e nem cabelo. Certamente poderá chegar um dia que a própria esquerda, que hoje o defende, poderá sofrer o mesmo caminho. Basta virar uma chave e o resultado pode ser adverso.
Aliás, é de se admirar que a esquerda, sempre defensora das causas humanitárias, não perceba que cai na própria contradição à medida em que a escalada da perseguição aumenta. A história de Stalin e Lenin ensinam -- após as revoluções, os socialistas mais inteligentes foram perseguidos. Vide Trotsky. Não é algo a ser aprendido?
O Colapso da Indústria das ONGs
Enquanto o Cabelo se defende nos tribunais dos EUA, outra frente de batalha está se fechando contra ele e seus aliados. O fechamento da USAID significa que um dos maiores canais de financiamento para ONGs progressistas e “defensoras da democracia” está sendo cortado.
Essas ONGs, que há décadas atuam como intermediárias entre interesses estrangeiros e governos locais, estão prestes a perder sua principal fonte de receita.
Isso muda o jogo de maneira radical. Sem dinheiro vindo de fora, muitos grupos que antes funcionavam como braços estendidos da elite globalista vão precisar se reinventar—ou desaparecer.
E adivinhem quem sempre contou com esse tipo de estrutura para manter seu domínio? Exato. Os burocratas togados que se acham donos do Brasil.
Sem essa rede de apoio, o próprio Promotor-procurador-juiz-delegado-político-senador-ministro-do-supremo pode começar a sentir o peso da realidade.
Porque, sem o respaldo internacional, seu autoritarismo pode começar a parecer o que realmente é: uma aberração dentro de um sistema que se diz democrático.
O Animal Acuado
O que acontece quando um animal selvagem é encurralado? Ele fica ainda mais perigoso. O Macedônio, pressionado como nunca antes, pode tentar dobrar a aposta.
Já estamos vendo isso com a escalada da censura, as multas milionárias contra redes sociais e os processos contra qualquer um que ouse desafiar sua autoridade.
Mas será que ainda há tempo para ele se salvar? Ou será que o rolo compressor já começou a se mover contra ele?
A História nos ensina que os impérios autoritários sempre caem. A única questão é: Xerxes vai perceber que está perdendo terreno antes que seja tarde demais? Ou será que ele seguirá o caminho de tantos outros que, cegos pelo próprio poder, acabaram sendo esmagados pelas forças que tentaram controlar?
O xadrez global está mudando. E, pelo visto, alguém ficou do lado errado do tabuleiro e, agora, acredita que é melhor jogar o tabuleiro no chão. Mas os donos do tabuleiro podem acreditar que isso é um crime tremendo, como os danos ao patrimônio público que resultaram em penas desequilibradas.
Mas quem pode vencer esse jogo impossível, onde a emanação do poder de outro país começa a pesar?
Caberá portanto ao Sem Shampoo continuar multiplicando as apostas, num eterno martingale de viciado em jogo, até quebrar a própria banca e perder poder, dinheiro e a sanidade mental.
Outra opção seria um recuo estratégico, um novo alimentar dos direitos humanos, talvez resgatando o que o próprio Doutrinador já escreveu outrora, em seu livro de 2011, Direitos Humanos Fundamentais. Na ocasião, ele escreveu o seguinte sobre a dignidade da pessoa humana:
"um valor espiritual inerente à pessoa, que se manifesta singularmente na autodeterminação consciente e responsável da própria vida e que traz consigo a pretensão ao respeito por parte das demais pessoas, constituindo-se um mínimo invulnerável que todo estatuto jurídico deve assegurar, de modo que, somente excepcionalmente, possam ser feitas limitações ao exercício dos direitos fundamentais, mas sempre sem menosprezar a necessária estima que merecem todas as pessoas enquanto seres humanos"
Então que se resgate a necessária estima, caro Imperador. Basta lembrar que as pessoas com que se lidam não são meros objetos e sim, como Vossa Excelência mesmo disse, são "pessoas enquanto seres humanos".
Assim como você.