A Europa, esse continente que adora um drama histórico, parece mesmo ter um fetiche por discutir guerras como quem planeja um jantar de gala: "Vamos abrir com um conflito leve, depois servimos uma trégua morna e, para o grand finale, uma paz bem temperada com acordos que ninguém vai cumprir." Faz sentido, né? Afinal, por que começar com a paz — essa ideia tão sem graça, tão sem adrenalina — quando você pode chacoalhar o tabuleiro, deixar uns milhões de peças caírem e depois fingir que arrumou tudo direitinho?
O contrário, claro, seria começar com um "vamos todos nos amar" e evitar o caos. Mas aí, como é que os líderes europeus iam justificar seus discursos pomposos ou suas estátuas em praças públicas? Paz primeiro é para amadores; guerra como caminho pra paz é o roteiro clássico de quem acha que harmonia sem um pouco de sangue é tipo café descafeinado — tecnicamente funciona, mas ninguém leva a sério.