Desde a posse do presidente americano Donald Trump, não sai do holofote da mídia o escândalo envolvendo a USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) e o TSE. A revelação trouxe à tona um tema preocupante, que nos inquieta há anos – desde, no mínimo, o nascimento do Foro de São Paulo. Trata-se do controle da informação e o impacto da mídia na formação da opinião pública, uma peça-chave do planejamento estratégico do progressismo global. Esse fenômeno é o puro suco da engenharia social e busca moldar a sociedade por meio da manipulação da narrativa.
A revelação de que a agência americana atuou diretamente no combate a conteúdos classificados como “desinformação” durante as eleições de 2022, em parceria com o TSE, levanta questões sérias sobre a independência da mídia e a liberdade de expressão no Brasil.
Obviamente, tratando-se de um governo que sempre flertou com a corrupção, este não é um caso isolado. O atual governo tem um fetiche antigo por "regulamentar" a mídia – um eufemismo conveniente para controlar o que pode ou não ser dito. Quando um governo se propõe a definir o que é verdade e o que deve ser suprimido, não estamos mais falando de democracia, mas de censura.
Quem foi que deu ao governo o poder de decidir o que é verdade ou não? NÃO FUI EU!
O pretexto perfeito
O discurso de “combate à desinformação” tem sido utilizado como justificativa para cercear vozes que divergem da narrativa imposta pelo governo. O caso da USAID e do TSE é emblemático nesse sentido, pois sob o pretexto de proteger a democracia, a agência financiou iniciativas que interferem no debate público, favorecendo determinadas narrativas e silenciando outras. Adivinha quem foi beneficiado?
O nome disto é manipulação de massa.
A quadrilha que hoje ocupa o poder não esconde sua intenção de levar esse modelo adiante. Nos últimos anos, houve pressão por um “marco regulatório da mídia”, além de tentativas de criminalizar a divulgação de informações consideradas “falsas”, sem critérios claros e com amplo poder de interpretação por parte do Estado.
Historicamente, regimes autoritários sempre buscaram o controle da imprensa. Basta olhar para Nicolás Maduro na Venezuela. A liberdade de informação e de opinião é uma ameaça para governos que dependem da manipulação da narrativa para manter o poder.
O papel essencial da mídia independente
A grande mídia tradicional há tempos deixou de exercer um papel verdadeiramente crítico em relação ao governo – seja por conveniência, alinhamento ideológico ou interesses comerciais. Diante desse cenário, mídias independentes passaram a ocupar um espaço essencial, oferecendo uma visão alternativa dos fatos e rompendo com a narrativa hegemônica.
Se veículos como a Revista No Ponto do Fato e outras iniciativas independentes não existissem, temas como o escândalo da USAID sequer seriam debatidos publicamente. É por isso que há um esforço contínuo para sufocar essas vozes – seja através de regulamentação, perseguição judicial ou desmonetização de plataformas.
A solução para a desinformação nunca será mais censura ou mais controle estatal. A resposta sempre será mais liberdade, mais transparência e mais diversidade de vozes no debate público.
O que está em jogo?
A tentativa de regular a mídia não tem nada a ver com proteger a democracia. Pelo contrário, trata-se de um mecanismo para sufocar qualquer resistência e consolidar o controle narrativo. O caso da USAID mostrou que esse tipo de interferência já acontece nos bastidores, e é nosso dever, como sociedade, garantir que isso deixe de ser uma política oficial do Estado brasileiro.
A única forma de combater a desinformação é garantir um ambiente onde todas as vozes tenham espaço para se expressar. Se abrirmos mão dessa liberdade em nome de uma suposta “segurança informacional”, assinaremos um cheque em branco para o governo decidir o que podemos ou não saber.
E quando isso acontece, a democracia deixa de existir.