Desde criança, fui incentivada a sonhar alto. Desde que me entendo por gente, nunca houve limites para o tamanho dos meus sonhos. Quando tive minha filha, uma amiga da minha mãe veio me visitar e me disse: “Com os pais que você tem, o céu é o limite.” Ela estava certa. Meus pais têm defeitos, minha educação também, mas, se há algo que eles acertaram, foi na retaguarda. Eles sempre estiveram ao meu lado.
Com o amadurecimento natural da vida, mudei muito — tanto pessoalmente quanto geograficamente. Mas foi quando me tornei mãe que as mudanças se intensificaram, desta vez apenas no campo pessoal. Passei a sonhar com coisas que antes não sonhava, mas a melhor parte foi resgatar sonhos que haviam sido engavetados com a etiqueta: “Esquece, não vale a pena.”
Um desses sonhos é o clichê do “mundo melhor”. Isso deixou de ser apenas um desejo e se tornou uma meta. Afinal, agora eu tenho uma filha. Ela merece um lugar melhor do que o que encontrei, e, mais do que isso, merece a melhor versão de mim — porque ela me transforma todos os dias. Buscar um mundo melhor se tornou uma forma de gratidão, amor e retribuição.
Realizar um sonho na vida adulta não traz alegria apenas pela conquista em si, mas pelo significado por trás dela. É a confirmação de que estávamos certos o tempo todo. Apenas precisávamos de tempo para provar isso.
Essas realizações não acontecem da noite para o dia. Elas são o resultado de escolhas feitas ao longo do tempo, inclusive nos momentos em que os sonhos pareciam esquecidos. Elas nascem da persistência naquilo que fazemos por gosto, por intuição, sem saber exatamente onde aquilo nos levará. E, então, as oportunidades surgem “do nada” — quando, na verdade, estiveram sendo construídas o tempo todo.
Recentemente, vivi um desses momentos. Depois de publicar um manifesto na Revista No Ponto do Fato, fui convidada para trabalhar com o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança. Ao longo dos anos, acompanhei suas ideias e compartilhei da sua visão sobre o Brasil, mas jamais imaginei que um artigo meu pudesse ser o elo que nos conectaria profissionalmente. Esse convite foi a prova de que os sonhos que deixamos de sonhar podem, um dia, nos encontrar novamente — se tivermos coragem de manter viva a nossa essência.
Nesse processo, a Revista No Ponto do Fato se tornou uma peça fundamental. Através dela, encontrei um espaço para compartilhar ideias e contribuir com o debate político de maneira consistente. Publicar artigos regularmente me permitiu não apenas consolidar minha voz nesse meio, mas também ampliar minha visibilidade. Sem essa vitrine, talvez muitos dos caminhos que se abriram para mim não tivessem surgido. Por isso, sou profundamente grata à NPDF – não apenas pelo espaço, mas pela oportunidade de construir algo maior.
E para continuar esse trabalho que tem sido tão importante para mim, a partir de hoje, publicarei na Revista No Ponto do Fato todas as terças-feiras. Será um compromisso não apenas com a escrita, mas com a construção de debates relevantes e a troca de ideias sobre os temas que moldam o nosso país.
Se há algo que aprendi nessa jornada, é que persistência e clareza de propósito são essenciais. Às vezes, as portas não se abrem imediatamente, mas cada passo, cada escolha e cada aprendizado nos aproxima do nosso objetivo.
Se você tem um sonho que parece distante, não desista. Invista no seu crescimento, esteja atento às oportunidades e valorize cada pessoa e cada etapa do seu processo. No final, o caminho percorrido se torna tão significativo quanto a chegada ao destino.
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