Em um mundo fantástico, distante da realidade e repleto de paradoxos jurídicos, situa-se uma Suprema Corte governada por um presidente tão "carismático" quanto controverso. Recentemente, ele chocou a nação ao comparar o linguajar jurídico no uso, e/ou no código de leis do país ao Kamasutra — não por sua sensualidade, mas pela complexidade e pelas inúmeras posições interpretativas possíveis. "Entender nossas leis requer flexibilidade não só mental, mas quase física!", declarou ele numa entrevista que deixou juristas e público geral igualmente perplexos.
Este tribunal não é apenas um local de julgamentos; é um palco onde a comédia e a tragédia se entrelaçam com a sutileza de um bailado clássico. Ativistas armados apenas com bíblias são prontamente encarcerados, enquanto empreiteiros carregando malas de dinheiro desfrutam de um jogo de "catch and release" jurídico, graças às acrobacias interpretativas da corte que manipula o Kamasutra jurídico a seu favor.
Os ministros da corte, mais vistos em programas de entretenimento do que nas salas de audiência, defendem a complexidade das leis com o fervor de maestros. Sob suas batutas, o tribunal oscila numa dança de decisões que alternam entre o absurdo e o miraculoso, muitas vezes no mesmo compasso.
A censura é executada com a precisão de um cirurgião. Opositores são silenciados com cortes tão precisos que quase não se vê o sangue da liberdade escorrer pelo chão do tribunal. E os empreiteiros? Esses são tratados como velhos amigos, suas falcatruas esquecidas com a facilidade de quem corrige um incômodo erro gramatical.
No final, o público deste teatro jurídico assiste à trama se desdobrar com uma resignação cínica. A população lamenta não tanto pelo que vê, mas pela previsibilidade do espetáculo. A cada nova revelação, há um suspiro coletivo e uma aceitação silenciosa de que a justiça é tão flexível quanto as posições do Kamasutra exigem.
Por último, qualquer semelhança com cortes supremas reais é mera coincidência — ou uma tragédia grega, dependendo de sua perspectiva.
E neste Kamasutra jurídico, o povo deste mundo fantástico sempre acaba na pior das posições: as mais inglórias, passivas e desconfortáveis.
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