O Brasil enfrenta um cenário econômico alarmante. A desvalorização do real, devido a políticas econômicas equivocadas, está colocando em risco a sustentabilidade das empresas e a prematura prosperidade da nossa economia. Enquanto isso, o empresariado brasileiro, uma força essencial para o crescimento do país, tem adotado uma postura passiva, optando pelo silêncio sepulcral.
Ajam! É hora de o setor privado assumir o protagonismo, pressionar os parlamentares e lutar contra decisões que ameaçam nossos negócios e nosso futuro.
De acordo com uma matéria publicada no G1, o real está entre as moedas mais desvalorizadas do mundo, com uma queda de 19,1% em 2024. Essa desvalorização é fruto da incerteza gerada pelas ações do governo, que insiste em aumentar gastos e carga tributária ao invés de implementar medidas de contenção. E ainda há os fatores externos, mas é assunto para outro artigo. O fato é que o mercado reage com desconfiança, e isso afeta diretamente a economia.
A reforma tributária, prevista para 2025 (mês que vem), é mais um golpe no setor privado, aumentando a insegurança para empresários e investidores. Enquanto o Brasil segue esse caminho arriscado, países como a Argentina, sob o comando de Javier Milei, estão trilhando o oposto (Reuters). Com políticas de desoneração e isenção de taxas, Milei busca atrair investimentos e reduzir custos, provando que é possível crescer economicamente respeitando a liberdade do mercado.
Vejo dois comportamentos que justificam a postura passiva da maioria dos empresários brasileiros:
O silêncio também é uma resposta e a resposta são políticas prejudiciais que se perpetuam, enfraquecendo ainda mais o setor privado.
Na Holanda (país em que morei e tenho grande apreço), em 2022, agricultores se mobilizaram contra políticas ambientais que ameaçavam suas atividades. Eles usaram tratores para bloquear estradas e organizaram manifestações, conseguiram chamar a atenção do governo e da população, gerando um debate nacional que forçou o diálogo e trouxe mudanças significativas.
Esse exemplo mostra que, quando mobilizado, o empresariado pode ser uma força poderosa para influenciar decisões políticas e proteger seus interesses.
Anotem aí: “O Estado não gera riqueza”.
Ele consome o que a população produz. São os empresários que sustentam famílias e mantêm a economia funcionando. São os empresários que têm o poder econômico e sustentam o poder político. No entanto, muitos ignoram sua força por medo de um poder que, na verdade, depende deles.
Empresários, mãos na massa:
A pressão precisa ser organizada, contínua e resiliente. A mudança é um processo de longo prazo, mas ela começa com cada ação, por menor que pareça.
A passividade do empresariado brasileiro tem custado caro ao país. Sem uma reação firme e organizada, as políticas fiscais e econômicas continuarão sufocando a iniciativa privada, comprometendo empregos e o futuro da economia.
É hora de romper com a inércia. Assuma o protagonismo, mobilize-se e pressione por um Brasil que valorize o esforço de quem gera riqueza. O futuro do setor privado – e do país – depende de uma atitude firme, propositiva e persistente.
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