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Economia Empresariado

EMPRESÁRIO PASSIVO, ECONOMIA EM RISCO!

Precisamos sair da inércia

05/12/2024 às 18h58
Por: Alana Figueiredo
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Imagem gerada por IA
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O Brasil enfrenta um cenário econômico alarmante. A desvalorização do real, devido a políticas econômicas equivocadas, está colocando em risco a sustentabilidade das empresas e a prematura prosperidade da nossa economia. Enquanto isso, o empresariado brasileiro, uma força essencial para o crescimento do país, tem adotado uma postura passiva, optando pelo silêncio sepulcral.

Ajam! É hora de o setor privado assumir o protagonismo, pressionar os parlamentares e lutar contra decisões que ameaçam nossos negócios e nosso futuro.

De acordo com uma matéria publicada no G1, o real está entre as moedas mais desvalorizadas do mundo, com uma queda de 19,1% em 2024. Essa desvalorização é fruto da incerteza gerada pelas ações do governo, que insiste em aumentar gastos e carga tributária ao invés de implementar medidas de contenção. E ainda há os fatores externos, mas é assunto para outro artigo. O fato é que o mercado reage com desconfiança, e isso afeta diretamente a economia.

A reforma tributária, prevista para 2025 (mês que vem), é mais um golpe no setor privado, aumentando a insegurança para empresários e investidores. Enquanto o Brasil segue esse caminho arriscado, países como a Argentina, sob o comando de Javier Milei, estão trilhando o oposto (Reuters). Com políticas de desoneração e isenção de taxas, Milei busca atrair investimentos e reduzir custos, provando que é possível crescer economicamente respeitando a liberdade do mercado.

Vejo dois comportamentos que justificam a postura passiva da maioria dos empresários brasileiros:

  • O receio de perseguições políticas ou econômicas que inibem ações mais contundentes;
  • A crença limitante de que suas vozes não farão diferença, perpetuando a inércia.

O silêncio também é uma resposta e a resposta são políticas prejudiciais que se perpetuam, enfraquecendo ainda mais o setor privado.

Na Holanda (país em que morei e tenho grande apreço), em 2022, agricultores se mobilizaram contra políticas ambientais que ameaçavam suas atividades. Eles usaram tratores para bloquear estradas e organizaram manifestações, conseguiram chamar a atenção do governo e da população, gerando um debate nacional que forçou o diálogo e trouxe mudanças significativas.

Esse exemplo mostra que, quando mobilizado, o empresariado pode ser uma força poderosa para influenciar decisões políticas e proteger seus interesses.

Anotem aí: “O Estado não gera riqueza”.

Ele consome o que a população produz. São os empresários que sustentam famílias e mantêm a economia funcionando. São os empresários que têm o poder econômico e sustentam o poder político. No entanto, muitos ignoram sua força por medo de um poder que, na verdade, depende deles.

Empresários, mãos na massa:

  • Participe de associações empresariais do seu ramo para expor a real situação e ganhar força junto aos seus pares.
  • Pesquise quem são os parlamentares que podem ser pressionados e organize campanhas para se comunicar em todos os meios cabíveis, cobre ações específicas.
  • Tenha em mente que você é um herói da economia nacional. Use sua influência para pressionar parlamentares, pois o contrário está sendo feito. O governo está usando os parlamentares, especialmente os centristas, para aprovarem leis absurdas e você está pagando por decisões que discorda.

A pressão precisa ser organizada, contínua e resiliente. A mudança é um processo de longo prazo, mas ela começa com cada ação, por menor que pareça.

A passividade do empresariado brasileiro tem custado caro ao país. Sem uma reação firme e organizada, as políticas fiscais e econômicas continuarão sufocando a iniciativa privada, comprometendo empregos e o futuro da economia.

É hora de romper com a inércia. Assuma o protagonismo, mobilize-se e pressione por um Brasil que valorize o esforço de quem gera riqueza. O futuro do setor privado – e do país – depende de uma atitude firme, propositiva e persistente.

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Alana Figueiredo
Alana Figueiredo
Sobre Engenheira com MBA em Gestão de Projetos, possui experiência no setor de agrárias e se destaca por suas habilidades de escrita e comunicação. Ao longo de sua carreira, desenvolveu um profundo interesse por temas culturais e políticos, que agora compartilha como colunista. Tem visão crítica e informada, sempre com um olhar atento às dinâmicas sociais e econômicas que moldam a sociedade.
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