Sobre a imagem que ilustra o texto, calma, eu chego lá.
Ainda que seja, ou ao menos devesse ser, obrigação do cidadão se manter informado sobre o que acontece na sua cidade, no seu estado, no seu país, no mundo, é desalentador ler notícias e perceber, não importa o alcance da informação, que tudo está ruim para todos os lados. A repressão contra os direitos e liberdades individuais, expressos e consagrados na Carta das Nações Unidas, está acontecendo em todos os cantos do planeta. Dia desses, um amigo me disse que “o mundo surtou”. Penso que não há definição melhor. Surtou mesmo.
Se a diretriz vem do Fórum Econômico Mundial ou das 12 ou 13 famílias que mandam no mundo, pouca diferença faz. A questão é que muitos presidentes, primeiros-ministros, ditadores, autocratas e políticos, que deveriam representar apenas os interesses do povo, estão obedecendo e, cada um a seu modo e a seu tempo, estão implementando tal diretriz e tornando o mundo cada dia mais repressivo, mais limitado e mais chato. Há quem chame de globalismo, de socialismo, de comunismo, mas creio que o “ismo” que mais se assemelha à realidade é o terrorismo psicológico que paira por todos os continentes.
A epidemia da Covid 19 foi o maior experimento social já realizado desde qualquer Era da Humanidade. Simultaneamente, os “capitães do mato” do mundo mapearam país por país, população por população, cultura por cultura e, diante disso, entenderam como lidar individualmente com cada situação analisada. E, falando absolutamente de maneira empírica, parece ter ficado claro que a liberdade de expressão era o “inimigo comum” a ser abatido diante dos planos dessa gente para chegar onde querem. O fundamental era calar a boca das pessoas. O uso obrigatório de máscaras foi a simbologia do cala boca, seguido do distanciamento social, visando afetar emocionalmente as famílias e as sociedades.
Outro ponto crucial disso tudo foi o incentivo às polarizações ideológicas e religiosas, uma maneira ardilosa de estabelecer uma espécie de selvageria que incentiva a autofagia social, instigando brigas, desavenças e até mesmo guerras. Foi o “deixem que se matem, assim não precisamos nós fazermos isso”. Outro ardil que levou a esse estágio foi a instrumentalização dos governos com o investimento na eleição de políticos com ideologias úteis ao propósito desses “exterminadores de futuro”. E nenhuma ideologia melhor do que a esquerda para exercer esse papel, a esmagadora maioria, inclusive, incapaz de perceber que, e como, é usada, dos políticos aos cidadãos comuns.
Pessoas que se informam e têm capacidade de elaborar raciocínios sobre o que realmente acontece são inimigas. Pessoas que falam tudo isso que estou dizendo - sem que eu tenha algum mérito a mais nisso do que qualquer outro que se propõe ao mesmo atrevimento – tornaram-se alvo dos regimes autoritários, muitos efetivamente totalitários mesmo. Passam a nos acompanhar, observar, e quando extrapolamos na veiculação das verdades, da contestação e exposição do que realmente está acontecendo, chegamos ao limite do que eles toleram, e somos retirados pelo aparato judicial acusados de oferecer risco ao que eles chamam de democracia, que não absolutamente mais nada a ver com o conceito de democracia estabelecido há milhares de anos na Grécia antiga.
A tecnologia se mostrou uma faca de dois gumes. Tenho cá uma ideia de que o financiamento da evolução tecnológica, hardware e software, os pesados investimentos festivos feitos nas redes sociais no seu nascedouro, tinham por objetivo nos controlar de maneira mais individual através dos algoritmos que são capazes de reconhecer nossas preferências, nossos gostos, nossas reações, e através desse conhecimento, impor a todos o direcionamento que queriam que tivéssemos. Mas, dada a reação que o mundo está tendo contra as redes sociais, dá para pensar que o tiro saiu pela culatra. Não levaram em conta que o ser humano pode ser imprevisível quando consegue articular pensamentos, influenciar pensamentos e colaborar na formação das opiniões de outras pessoas. E o feitiço virou contra o feiticeiro.
A guerra contra a liberdade de expressão tem por objetivo fortalecer os meios de comunicação que são controláveis, especialmente a televisão, dispostos a serem pautados e a propagar pautas como se fossem a verdade. Creio que, certo momento, entenderam que a comunicação de massa não possibilitava o nível de conhecimento individual que as redes sociais possibilitam e, por isso, essa mesma gente investiu pesado nas bigtechs que criaram as redes sociais, sem levar em conta que nas milhões de pontas ligadas as elas existem pessoas. Deu errado, e o que vemos, especialmente no ocidente, é uma estratégia visando voltar a dar poder às TVs e estabelecer uma narrativa hegemônica, punindo quaisquer níveis de contestações à narrativa “oficial” do sistema.
Falando especificamente de Brasil, hoje, o ministro Dias Toffoli termina de ler seu relatório sobre o artigo 19 do Marco Civil da Internet, e já está clara a posição dele de declará-lo inconstitucional. Na sequência, o ministro Luiz Fux também lerá seu relatório sobre ação com o mesmo tipo de contestação, e, daí, votam os demais ministros, cujas opiniões, sem querer fazer trocadilho, já estamos carecas de saber.
A provável declaração de inconstitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet, além de, objetivamente, proporcionar a terceirização da censura nas redes sociais ao responsabilizar as plataformas pelo conteúdo publicado – para que o judiciário pareça não ter nada a ver com isso – é mais um abuso de poder do poder judiciário sobre o poder legislativo, o que só é possível pela (falta de) qualidade que temos na representação popular nas duas casas do Congresso Nacional, lotada de gente com processos nas mãos dos ministros do Supremo, de gente mal intencionada e alinhada ao sistema, gente despreparada para o cargo que exerce e gente mais preocupada com suas imagens nas redes sociais do que com a função dos cargos para as quais foram eleitas.
O assistencialismo empregado como anestésico por diversos governos, associado à má qualidade da educação e ao incentivo de conflitos sociais, empregado contra patrão, preto contra branco, religioso contra ateu, heterossexual contra homossexual, feminismo contra homens, gordo contra magro, e uma infinidade de beligerâncias úteis ao sistema, impedem que as pessoas consigam enxergar além do nicho no qual se encaixam. É a garantia mínima da comida e direitos aos grupos minoritários em troca de um cômodo silêncio que confina pensamentos e aspirações à subsistência, subjugando os direitos e garantias das maiorias, que se caracterizam como reais pilares da democracia.
O que estão fazendo é um avanço sem precedentes sobre o modo de vida ocidental, subvertendo a ideia original da democracia e a substituindo por processos juristocráticos e autocráticos que colocam garantias e liberdades num plano inferior a fim de sustentar artificialmente uma burocracia que busca uma governança mundial. É a tentativa de homogeneizar as populações mundiais à base de temáticas como pandemias, mudanças climáticas, desinformação, discurso de ódio, colocando a nós, cidadãos, como culpados de tudo o que acontece, sob pressão midiática e judicial, a fim de que, de fato, nos assumamos culpas que não temos e, em função desse sentimento, concordemos com facilidade com tudo que o sistema quer nos impor.
No fim das contas, o sistema quer que eu, você e a meia dúzia de pessoas que tiveram paciência de ler este texto inteiro, sejamos como a vaca da imagem, mansos e felizes com o que nos derem para comer, pois é como gado que eles nos enxergam. O que realmente importa é a manutenção da ignorância em troca da barriga cheia, com a boca sendo usada apenas para comer. E se, ao invés de produzir leite, fizer muuuu demais, vai para o abatedouro.
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