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Opinião Saúde Mental

DISSONÂNCIA COGNITIVA

A teoria aplicada pelo judiciário

17/11/2024 às 10h14 Atualizada em 17/11/2024 às 14h00
Por: Maria Rosa M Pires
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DISSONÂNCIA COGNITIVA

A teoria idealizada em 1957 pelo psicólogo americano Leon Festinger, explica quando uma pessoa decide algo com base em elementos cognitivos que não tem qualquer coerência, ou seja, quando tenta justificar suas ‘crenças’ com base numa ‘realidade’ desmentida com fatos.

Para entender o que pensou Leon, faça sua própria análise com o que segue abaixo.

Golpe de Estado e Abolição Violenta do Estado Democrático de Direito - Leia aqui.  

Golpe de Estado:

Art. 359-M. Tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído:

Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos, além da pena correspondente à violência.

 

Abolição Violenta do Estado Democrático de Direito:

Art. 359-L. Tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais:

Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, além da pena correspondente à violência.

 

Agora pense ...

 

Como que pessoas desarmadas, pois foram revistadas antes de chegar à Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro, sem qualquer liderança, cantando o hino nacional, sacudindo bandeiras do Brasil, carregando bíblias e garrafas d’água, podem empregar violência?

 

Mas dentro dos prédios x, y e z, fizeram baderna e depredaram patrimônio público ... sim, mas quem? As centenas de pessoas que estavam lá? Os idosos e as crianças?

Em que momento? Onde estão as provas?

 

Impedindo o exercício dos poderes constitucionais num domingo, com as casas do povo vazias?

 

Vamos lá.

 

A lei – Nº 14.197 -, acima, é clara, inclusive a dosimetria das penas.

 

Algumas perguntas que ainda me faço:

 

Quem está abolindo o ‘estado democrático de direito’? Quem atua diante de seus direitos constitucionais, ou quem rasga as leis, abolindo também a Constituição Federal?

 

Sim, porque é garantido a todo o cidadão o direito de ir e vir, de protestar e expressar seus pensamentos e opiniões.

 

A ‘abolição violenta’ da democracia, no meu entendimento, vem com a soberba e a tirania do judiciário ao fatiar o impeachment da Dilma, deixando ela livre para se candidatar novamente. Vem ao se intrometer nos demais poderes – não permitindo, por exemplo, que JB nomeasse Ramagem para a PF- ou, permitindo a volta da censura antes das eleições, inventando a lei de ‘flagrante perpétuo’, que culminou no amordaçar dos representantes do povo, bem como de poder, um único ministro, ser vítima, acusador, relator, investigador e ainda por cima o juiz da causa, entre outras incontáveis arbitrariedades jurídicas.

 

Gostaria de, com vocês, e deixem suas impressões nos comentários, por favor, fazer algumas análises com frases ditas por Alexandre de Moraes, sobre o caso do suicídio de quarta-feira passada, ocorrido em Brasília, que podem ser encontradas em diversos veículos de comunicação, como no vídeo apresentado dessa postagem  - veja aqui.

 

“Isso não é um ato isolado”. – Nesse caso, não seria um suicídio, mas um assassinato, precisando ser investigado o caso para que seja identificado e preso o criminoso/assassino.

 

“Isso se iniciou lá atrás, quando o famoso gabinete do ódio começou a destilar discurso de ódio contra as instituições, contra o Supremo Tribunal Federal, contra a autonomia do judiciário, contra os ministros do STF e as família de cada um” – Isso o quê? Ato de suicídio?

Não, na verdade, a dissonância cognitiva do “SênkaBêlo”, como diria meu amigo Naddeo, é afirmar que o suicídio foi um atentado contra o ministro do STF.

Entenda:

O ato aconteceu próximo a Estátua da Justiça, em frente a Suprema Corte. Se fosse a intenção, do suicida, atentar contra a vida dos ministros, não teria sido mais lógico ao invés do material utilizado para o ato suicida - fogos de artifício -, usar, sei lá ... dinamite?!

Sei que muitas narrativas estão sendo postas, como o que disse a ex-mulher, ou a da Policia Federal que, segundo o jornalista Fernão Lara Mesquita publicou em sua página no X - Aqui.

 

Andrei Rodrigues, o Sherlock da ditadura, chefe da PF, está informando em entrevista coletiva que explodir a própria cabeça com fogos de artifício, além de ser uma tentativa de abolição violenta do estado de direito, é também a falha de uma tentativa de assassinato de Alexandre de Moraes e mais uma prova evidente da necessidade de censura urgente da internet.

No paralelo, Lula também informou que o caso serve para explicar mais um adiamento do pacote de corte de gastos.

Elementar meu caro Watson.”

 

Mas concordo com Ricardo Ventura nessa análise - Assista.

 

O fato é que o tal ‘imperador’ de tudo fará para ligar o ato isolado de uma pessoa abalada emocionalmente, culminando no suicídio, com o crime de perfídia, ocorrido em 9 de janeiro, que levou para o campo de concentração da PF, centenas de brasileiros que protestavam, conforme direito constitucional.

Importante relembrar que o “famoso” gabinete do ódio é mais uma dissonância cognitiva, criado para que as verdades em relação ao amigo do amigo do pai de alguém, não fossem divulgadas, bem como os podres ligados a essa elite biltre. A criação dessa narrativa foi o início do açoite ao Artigo 5º, incisos IV e IX da Constituição Federal de 1988  - leia o Art.5º - e no Artigo 13 da Convenção Americana de Direitos Humanos – leia o Art.13º - e que ficou conhecido como o Inquérito do Fim do Mundo, depois, na sua segunda edição, como Inquérito das Fake News.

 

Resumindo, o Supremo Tribunal Federal criou uma maneira de amordaçar tanto a sociedade civil quanto os poderes legislativo e executivo (2019 a 2022) e foram esses atos, àquela época, que causaram asco, na sociedade, em relação ao poder judiciário.

Não é rejeição à instituição e ao que ela representa, mas nojo dos atos inconstitucionais dos CPFs que hora ocupam as cadeiras da casa, que desde 2019 açoitam os direitos constitucionais dos cidadãos, que de forma criminosa, ofendem, ameaçam e coagem a sociedade brasileira, em especial a parcela que está no espectro oposto aos ideais da corte, que busca incessantemente impor suas mais vis, indecentes e imorais vontades, através do autoritarismo.

E a dissonância cognitiva é tão grave que o ‘Sênka’ diz, no vídeo do começo desse artigo que “o ódio foi se avolumando sob o falso manto de uma CRIMINOSA utilização da liberdade de expressão para ofender, ameaçar e coagir” a corte.

Não sou psiquiatra para tratar o distúrbio de personalidade alheio, mas é fato que precisamos de terapia para nos mantermos sãos diante de tal cenário.

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