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LULA, DILMA E OS DISCURSOS DE UMA NOTA SÓ

Que nunca saíram do discurso

Hermínio Naddeo
Por: Hermínio Naddeo Fonte: Opinião
04/07/2025 às 13h18
LULA, DILMA E OS DISCURSOS DE UMA NOTA SÓ
MAX PEIXOTO/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO.

As três eleições de Lula deram a ele o privilégio de fazer três discursos de posse, 2003, 2006 e 2023, e seis discursos na Assembleia Geral da ONU, 2003, 2004, 2005, 2006, 2009 e 2023. Em 2007 e 2008, mandou o então chanceler Celso Amorim à ONU para falar em seu lugar, que repetiu as mesmas ladainhas do chefe.

Em todos os discursos de posse, ele repetiu os seguintes temas:

  • Compromisso com a democracia - Lula sempre reafirma a defesa da democracia, citando que o Brasil “nunca mais voltará a viver sob autoritarismo”.
  • Combate à fome e à miséria - Nos três discursos, Lula mencionou que o maior desafio de seu governo seria “garantir que cada brasileiro tenha o que comer” ou expressões equivalentes, colocando a fome como prioridade.
  • Valorização da soberania nacional - Em todos os discursos, citou a importância do Brasil ser “senhor de seu destino” e não se submeter a interesses externos.
  • Defesa do diálogo e da pacificação - Sempre fez um apelo para superar divisões políticas internas e governar para todos.

Nunca cumpriu nenhum deles. A defesa da democracia sempre esteve nas bocas dos autoritários que instituíram ditaduras, socialismo e comunismo. Além disso, desde seu primeiro mandato, a preferência de Lula por associar o Brasil a regimes como Cuba, China, Rússia, Venezuela, Irã e Nicarágua demonstra seu pouco apreço pela democracia, o que ficou ainda mais evidente em seu atual mandato.

Já tendo governado o Brasil por 10 anos e 6 meses diretamente, mais 5 anos e 8 meses pelas mãos de Dilma Rousseff, num total de 16 e 2 meses até o momento, a fome e a miséria jamais foram erradicados e nem mesmo atenuados, a despeito dos números oficiais, quase sempre com metodologias questionáveis para apresentar resultados descolados da realidade.

Valorização da soberania nacional chega a ser uma piada. Desde o primeiro mandato a “entrega do Brasil” à China, ao globalismo e à ONGs estrangeiras, além do financiamento de obras de infraestrutura em outros países em detrimento das necessidades do Brasil, mostra que tal discurso sempre foi, de fato, uma bandeira que representava oposição aos Estados Unidos.

Sobre defender diálogo e pacificação, nem preciso falar muito. Quem instituiu a polarização no Brasil, através do “nós contra eles”, muito antes de ser eleito pela primeira vez, foi Lula, o que é fácil de constatar em seus discursos escritos ou de improvisos, suas falas em palanques e entrevistas.

Na ONU não foi diferente:

  • “A fome envergonha a humanidade” ou variações diretas;
  • “A ONU não pode ser refém de poucos”;
  • Defesa da reforma do Conselho de Segurança;
  • Valorização do multilateralismo;
  • Menção ao protecionismo dos países ricos como obstáculo ao desenvolvimento;
  • Termo “solidariedade” como princípio.

Os slogans dos governos petistas também nunca passaram de slogans. Em seus dois primeiros mandatos, Lula manteve o slogan “Brasil, um país de todos”, sendo que no segundo mandato seu slogan de campanha ficou muito associado ao seu governo, “Lula: o Brasil no rumo certo”. Já o governo Dilma utilizou o slogan “País rico é país sem pobreza”, alterado para “Brasil: país rico é país sem pobreza” em algumas peças oficiais. Em sua campanha de reeleição, o slogan foi “Mais Mudanças, Mais Futuro” e, ao assumir o segundo mandato, adotou o slogan “Brasil, Pátria educadora”. E por último, no governo atual, o slogan – que soa como pura ironia – é “Brasil, União e Reconstrução”.

Lula nunca foi um democrata, o combate à fome e à miséria nunca passaram de ações de assistencialismo eleitoreiro, a soberania nacional foi traduzida na soberania do PT e seus acordos com projetos socialistas e globalistas e o diálogo e a pacificação prometidos sempre foram expressos com cara de ódio e reforço ao "nós contra eles".

Em resumo, nos 16 anos e 2 meses à frente do governo brasileiro, o Brasil está mais miserável do que estava em 2003, mais polarizado do que em qualquer momento da nossa história como país, mas voltado aos interesses estrangeiros do que aos brasileiros e infinitamente menos democrático e mais autoritário do que esteve na ditadura Vargas ou nos 21 anos do regime militar.

E ainda nos restam 1 ano e meio para ouvir baboseiras, manter o povo na miséria em troca de votos, aprofundar o autoritarismo, continuar entregando a soberania nacional para o globalismo, sem diálogo e sem o menor vestígio de pacificação à vista, muito pelo contrário.

 

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Escritor/Jornalista, mestrado em palpitologia, doutorado em opinologia, pós-doutorado em falastronismo - Registro MT 22619/MG
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