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UM PAÍS QUE MUDA O PASSADO E ADULTERA O PRESENTE PARA ARRASAR O FUTURO

Reescrever o passado é uma artimanha ardilosa para doutrinar os mais jovens

Hermínio Naddeo
Por: Hermínio Naddeo
05/06/2025 às 12h35 Atualizada em 05/06/2025 às 13h34
UM PAÍS QUE MUDA O PASSADO E ADULTERA O PRESENTE PARA ARRASAR O FUTURO

Se você ainda não entendeu a dinâmica das ações e narrativas de esquerdistas, socialistas, comunistas e globalistas, certamente é vítima deles, aceitando os acontecimentos como normais sem questionar o presente, sem pesquisar o passado e, a pior parte, sem pensar no seu próprio futuro. No momento em que a comunicação é o maior ativo que qualquer pessoa tem à sua disposição, o maior pecado que a humanidade comete é se comportar somente agente passivo da mesma, vendo e ouvindo - nem vou dizer lendo, a maioria não gosta de ler, grande parte de quem lê não entende, e boa parte de quem entende só aceita.

Durante os 4 anos que morei na Europa, quando tive a possibilidade de conviver com pessoas de várias nacionalidades, pude perceber a falta de conhecimento e o desinteresse dos “afegãos médios” dessas pessoas com a história do mundo, muitos deles conhecendo, mal e porcamente, a história de seus próprios países. Certa vez, quando fazia a escola de inglês, tinha às minhas costas um mapa-múndi enorme colado na parede, talvez 2m x 1,5 m. Conversando com uma jovem dos Emirados Árabes Unidos que sentava na minha frente, fui questionado por ela onde ficava o Brasil. Espantado com a pergunta, me virei, olhei o mapa, apontei o Brasil, gigantesco naquela imagem, e ela me disse: I didn't know – Eu não sabia.

Fui ao extremo no exemplo, e nem precisava de tanto. São inúmeros os vídeos disponíveis no Youyube, Instagram, Tik Tok, onde pessoas são solicitadas a apontar num mapa sem os nomes dos países, onde fica cada um deles, ou apontar onde ficam os estados brasileiros, ou perguntadas sobre nomes das capitais brasileiras. Coisas se aprende no ensino fundamental (ou pelo menos deveria ser assim) e que, pelo menos em se tratando de Brasil, qualquer criança entre 10 e 12 anos deveria saber responder sem pestanejar. A maioria não sabe. E o mais grave nisso é que os pais de crianças dessas idades também não devem saber.

Desde o final do regime militar, a história do Brasil vem sendo reescrita, exatamente por aqueles que foram os responsáveis para que um regime militar tivesse sido instalado no Brasil. Gente que travava uma luta armada em nome de uma ditadura e que chegou à presidência e aos mais altos cargos públicos do país dizendo que lutava pela democracia. Balela, inclusive porque alguns poucos guerrilheiros que queriam o comunismo admitem que lutavam mesmo por uma ditadura, gente que não aceita reescrever sua própria história – talvez, quem sabe, porque não foi premiado com a ascensão política e financeira de outros que nunca tiveram vergonha de mentir para chegar onde chegaram.

No último filme dos Vingadores, Ultimato, o vilão Thanus, que no filme anterior havia eliminado metade dos seres vivos do universo, faz um discurso interessante, quando diz que, graças aos Vingadores, entendeu que não adiantava eliminar apenas metade dos seres do universo, porque a outra metade ainda se lembraria do que aconteceu, e que, agora, ele eliminaria todos os seres do universo e os recriaria do zero, aí não teriam do que lembrar. Muitas vezes, o entretenimento pode ser muito revelador quando nos propomos a buscar um entendimento além do que Hollywood nos mostra com seus efeitos especiais - escrevi um artigo sobre isso, vou republicá-lo e em breve.

Retomando... Se reescrever o passado é uma artimanha ardilosa para doutrinar os mais jovens. Mas o pior é a adulteração do presente, uma versão alternativa para os fatos enquanto eles acontecem, impedindo que virem história, ou melhor dizendo, fazendo com que a narrativa se transforme na história e não os fatos como realmente aconteceram. E é isso que vemos no mundo, tendo como exemplos a pandemia, a ameaça climática, o 6 de janeiro de 2021 nos Estados Unidos, o 8 de janeiro de 2023 no Brasil, sendo estes dois últimos uma simples repetição um do outro, mesmíssimo roteiro, objetivo idêntico, consequências exatamente iguais, em todos os sentidos.

E quando o passado é reescrito e os acontecimentos atuais são adulterados e alardeados para os que não percebem como funciona a dinâmica das ações e narrativas, com a colaboração dos grandes veículos de comunicação que não admitem que perderam para a internet a hegemonia do discurso e com a mão pesada do Estado punindo todo e qualquer que se atreva a fazer os contrapontos necessários para que a verdade prevaleça, só podemos prever um futuro de terra arrasada, povoado por gente doutrinada, propositalmente emburrecida, que repetirá exaustivamente “eu não sabia” e continuará a não se preocupar em saber. Aí será tarde demais.

 

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