No evangelho de João 11, 43-44, é narrada a ressurreição de Lázaro, quando Jesus pede que seja removida a pedra que fecha o túmulo e diz: “Lázaro, venha para fora”. Então, Lázaro, coberto de faixas nas mãos e nos pés, e com um lenço tapando seu rosto, sai do túmulo e Jesus ordena que o soltem e o deixem ir. A ressurreição de Lázaro é um testemunho da promessa de Jesus de que Ele é a ressurreição e a vida, e que quem crê Nele, mesmo morto, viverá. É também uma demonstração da autoridade e do poder de Jesus sobre a morte.
No julgamento do STF de hoje, 4-6-2025, o mais provável de acontecer é a ressurreição da censura no Brasil. A pedra que cobria o túmulo de um dos momentos mais desprezíveis da nossa história já foi removida, e o mais certo é que veremos a censura sair de seu túmulo, no que ficará registrado na história, como uma demonstração de autoridade e poder, dada por pessoas em que ninguém crê e não têm, de fato, autoridade e poder sobre a vida ou a morte de ninguém, mas que está acontecendo diante dos nossos olhos.
É comum ouvirmos que juízes se sentem como deuses, intocáveis, poderosos pela envergadura de seus cargos. Mas é incomum que alguns deles realmente acreditem que são deuses, e que usem seus cargos à revelia das leis e do bom senso, que persigam pessoas, políticas ou não, que destruam vidas, carreiras e famílias, por capricho, por ódio, por compromissos escusos, ou meramente para a consolidação de seus pequenos poderes. Uma hora, isso há de ter um preço que será cobrado.
Jesus veio para a salvação. Em nenhum momento se opôs às leis vigentes, como revela a célebre frase “Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mateus 22:21, Marcos 12:14-17, Lucas 20:25-26). A frase de Jesus é um chamado à obediência às autoridades civis, mas também a uma devoção total a Deus, reconhecendo a sua soberania sobre todas as coisas. Em 1ª Coríntios 1:27-29 a Bíblia diz “Pelo contrário, Deus escolheu as coisas que o mundo considera loucura para envergonhar os sábios, assim como escolheu as coisas fracas para envergonhar os poderosos. Deus escolheu coisas desprezadas pelo mundo, tidas como insignificantes, e as usou para reduzir a nada aquilo que o mundo considera importante. Portanto, ninguém jamais se orgulhe na presença de Deus”.
Os que se acham deuses, porém, não vieram pela salvação. Se Jesus anuncia que veio pelos fracos e oprimidos, o que vemos no nosso judiciário são figuras vis, que, claramente trabalham pelos fortes e poderosos, a fim de deixar os fracos ainda mais fracos, reforçando a opressão mediante o uso do cargo, subvertendo as leis em benefício dos grupos que representam, que, definitivamente, não são o povo brasileiro, o povo de Deus. Estamos diante de tiranos, não de salvadores. São escravizadores travestidos de salvadores da pátria, algo que o “inimigo” sabe usar muito bem a fim de iludir os incautos.
A história da humanidade está repleta de seres que subjugaram nações, assim como povos que se permitiram segui-los, por ignorância ou benefício próprio. A mesma história, porém, também nos mostra que, cedo ou tarde, todos eles tiveram suas verdadeiras faces reveladas e caíram em desgraça, o que, por outro lado, parece não ser suficiente para impedir que novos tiranos surjam de tempos em tempos, e que o mesmo ciclo histórico se repita.
Hoje, o STF deverá ordenar, formalmente, que a pedra do túmulo da censura seja retirada, e que sem faixas, sem lenço cobrindo o rosto, ela seja chamada a sair do local onde deveria passar a eternidade seguida da ordem para que a deixem ir, dada por quem não tem poder nem legitimidade constitucional para isso. Assim, seremos obrigados a dar a César o que não é de César, e crer que ao menos a justiça divina funcione, já que no Brasil o que conhecíamos como justiça não existe mais.
Que Deus abençoe o Brasil! Não vem boas novas por aí.
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