Países como Sri Lanka, Zâmbia, Djibouti, Laos e Paquistão são frequentemente citados como exemplos de nações que, devido a empréstimos chineses, enfrentam dívidas significativas e aumento da influência de Pequim. No entanto, o termo "domínio" é exagerado, já que a China geralmente busca influência econômica e política em vez de controle total.
Casos como o porto de Hambantota (Sri Lanka) e a rede elétrica de Laos são os mais próximos de uma transferência de ativos, mas ainda assim ocorrem via acordos, não por meio de confisco. A dependência financeira e os contratos opacos, no entanto, criam vulnerabilidades que amplificam a presença chinesa nesses países.
Em evento que produziu mais uma “carreta furacão” na China, com a presença de ministros, empresários, bajuladores e turistas à custa dos contribuintes brasileiros, Lula anunciou que a China irá investir 27 bilhões de reais no Brasil, em áreas como tecnologia, comunicação, saúde, energias limpas, agronegócio. O número é bonito e grande em reais, mas não passa de pouco mais de 4 bilhões de dólares.
“O Brasil é um país que hoje garante estabilidade fiscal, econômica, jurídica, política e social aos investidores” - disse Lula.
Para quem foi dita esta mentira? Não foi para os chineses. Uma potência como a China sabe exatamente a situação de qualquer país com o qual tenha ou não uma pareceria estabelecida. A China não rasga dinheiro.
Portanto, nenhum dirigente ou empresário chinês desconhece nossa instabilidade econômica, juros altos, inflação fora de controle, escândalos de corrupção, sistema tributário ineficiente. Muito menos desconhece a instabilidade jurídica e o fato da maneira como o judiciário tem interferido na economia e na política. Investem, sabendo como a banda toca por aqui.
E exatamente por saber como a banda toca é que investem no Brasil - e em diversos países onde qualquer mala cheia de dinheiro ou uma conta bancária segura na China para receber propinas, longe do alcance do sistema bancário mundial, garante que os investimentos trarão os retornos esperados, principalmente por contar com o judiciário a favor de seus interesses.
Quem se lembra da visitinha do ministro Barroso ao Supremo Tribunal da China no ano passado? Ou da visita que os juízes chineses fizeram ao Brasil cerca de dois meses atrás, sendo recepcionados pelo ministro Fachin?
O que o sistema judiciário de uma ditadura teria a oferecer ao sistema judiciário de uma democracia?
Lula disse que, depois de 2010, o Brasil só voltou a crescer 3% no seu governo. Mas 'esqueceu' de dizer que quem destruiu a economia, levando o Brasil à recessão, foi Dilma Rousseff, dando sequência ao desastre que ele mesmo havia iniciado. Também não citou que a Lava Jato mostrou para os investidores como seu dinheiro era roubado, motivo pelo qual a Petrobras fez um acordo de 3,6 bilhões de dólares. E, claro, não citou a pandemia nem o ativismo judicial durante o governo Bolsonaro.
Ainda de acordo com a matéria da Gazeta do Povo:
“Lula ainda citou as possibilidades de cooperação na área de infraestrutura, principalmente ferroviária, como o corredor Leste-Oeste, as rotas bioceânicas e as cinco de integração da América do Sul. Na semana passada, a ministra Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento, afirmou que os chineses querem “rasgar” o Brasil com ferrovias.”
É importante que você saiba que, em novembro de 2024, 37 acordos foram assinados com a China, sobre os quais existem diversos detalhes que se encontram sob sigilo, entre eles os que tratam sobre infraestrutura, petróleo e agronegócio, representando, respectivamente, 50% e 37% das nossas exportações, insumos dos quais a China precisa. E muito.
“Os acordos bilaterais se estendem áreas como tecnologia e inteligência artificial; comunicação; saúde, medicamentos, vacinas, insumo farmacêutico ativo e equipamentos médicos; energias limpas; refino de metais críticos com transferência de tecnologia para a produção de baterias elétricas; mineração de terras raras como nióbio, lítio, cobalto, cobre, grafite, urânio e tório; transição energética; combustível sustentável de aviação e hidrogênio verde; agronegócio; entre outras.” – segue a Gazeta do Povo.
A China já opera o Porto de Paranaguá, no Paraná, responsável pela exportação de 37,5% da soja produzida no Brasil. Entre seus interesses está a operação da ferrovia que é a principal via de escoamento dos grãos produzidos no Centro Oeste, que desemboca exatamente no Porto de Paranaguá – curiosamente, segundo a Polícia Federal, uma rota fixa do tráfico internacional de drogas tendo a Europa como principal destino.
E, falando em Europa, não por acaso a China já opera portos na Grécia, Alemanha, Portugal, Espanha, Bélgica, Holanda, entre outros, totalizando a operação de mais de 100 portos em 60 países. Destaque para o porto de Chancay, no Peru, inaugurado em 2024, financiado e construído por empresas chinesas, que, com Colômbia e Bolívia, é um dos principais produtores de cocaína na América Latina.
Lula concluiu suas falácias afirmando que “se depender do meu governo, da minha disposição, Brasil e China serão parceiros incontornáveis. A nossa relação será indestrutível, porque a China precisa do Brasil e o Brasil precisa da China. E nós dois juntos poderemos fazer com que o Sul Global seja respeitado no mundo como nunca foi.”
Se vamos terminar como o Sri Lanka, Zâmbia, Djibouti, Laos e Paquistão, o tempo dirá. O fato é que estamos seguindo o mesmo caminho, guiados por um corrupto, lunático e irresponsável, disposto a entregar o Brasil nas mãos da China em troca de seu projeto de poder, algo muito maior do que quaisquer benefícios que o povo brasileiro possa ter com isso.
Brasileiros e chineses sabem que Lula mentiu e omitiu em seu discurso, ninguém acredita no que ele fala. Mas só nós, cidadãos, eleitores e contribuintes, é que sempre pagamos a conta das mentiras e omissões.
Link para matéria da Gazeta do Povo
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