Todo e qualquer cidadão que se entende de direita, conservador ou liberal, se ainda não leu nada ou não assistiu a um vídeo de Yuri Besmenov, russo, ex-agente da KGB, que fugiu para o Canadá na década de 1970, deveria ler ou assistir. Em vídeo disponível no Youtube (deixo o link no final), ele descreve, em detalhes, a Teoria da Subversão, como funciona a propaganda comunista e como ela se infiltra de maneira subliminar na sociedade.
O atual presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, cujo nome precisei procurar no Google de tão relevante que é este dirigente do futebol, foi eleito presidente da CBF sob suspeita de irregularidades na sua eleição e aqui preciso fazer um comentário: se tivesse usado urna eletrônica emprestada do TSE, a eleição jamais seria suspeita.
Continuando... Em função da suspeita, a justiça afastou Ednaldo do cargo, porém, em menos de um mês, foi reconduzido por liminar do ministro Gilmar Mendes, do STF – que também é sócio do IDP - Instituto de Direito Público (o que isso a ver com futebol?), que, pouco tempo depois, fechou contrato milionário com a CBF e hoje em dia, dentro da entidade, há quem diga que Gilmar Mendes manda mais na CBF do que Ednaldo.
Ednaldo Rodrigues estabeleceu uma relação muito próxima entre a CBF e o governo federal, tendo endossado a indicação do atual ministro do Esporte, André Fufuca, além de ser amigo de Lula. O polêmico presidente da CBF também é acusado de promover censura contra jornalistas da ESPN, que chegaram a ser demitidos da emissora por criticarem a gestão de Ednaldo durante programa ao vivo.
As bandeiras dos Estados Unidos e da Inglaterra, como exemplos de bandeiras que têm características geométricas muito próprias, são usadas por americanos e ingleses em qualquer coisa, incluindo cuecas. Ao contrário do que possa parecer, trata-se de patriotismo. O povo ama suas bandeiras e seus países. Já com a bandeira brasileira é proibido fazer tudo:
Não é permitido usar a bandeira nacional em mau estado de conservação, alterar as suas cores, proporções ou o dístico "Ordem e Progresso", ou adicionar outras inscrições. Também é proibido usá-la como roupa, guardanapo, revestimento de tribuna, cobertura de placas, retratos, painéis ou monumentos a inaugurar.” - Se não acreditar em mim é só clicar no link.
É aí que entra a gloriosa camisa da seleção brasileira, que desde 1958 simboliza a única supremacia, ainda hegemônica, de 5 títulos mundiais de futebol, que o brasileiro ostenta com orgulho e adotou como símbolo de sua brasilidade, ampliando esse conceito para manifestações de patriotismo junto da bandeira nacional, ou em substituição a ela. Basta ver fotos de brasileiros no exterior, exibindo sua verde-amarela, deixando claro de onde vem.
O outro palco onde as “canarinhas” aparecem de maneira esmagadora é o das manifestações, em número incontavelmente maior do que o de bandeiras do Brasil. Ser brasileiro é vestir verde e amarelo. Até hoje acho estranho quando vejo uma seleção brasileira de qualquer coisa vestindo uniforme azul ou branco. A gente torce, mas olhando nem parece Brasil. E é aí que mora a jogada da camisa vermelha.
Ninguém em sã consciência pode acreditar que alguém irá em uma manifestação de direita vestindo uma camisa vermelha da seleção brasileira. E ninguém em sã consciência, sendo de direita, teria a coragem (ou cometeria a burrice) de ir vestindo uma camisa vermelha, mesmo sendo da seleção.
Existem algumas lógicas por trás dessa estratégia, que deve ser coisa do Sidônio. Ninguém vai te fazer gostar e usar a camisa vermelha da seleção. Mas pode fazer você se sentir constrangido por usar uma camisa amarela da CBF, pela associação com o governo, pela estranha relação com ministro do STF, por censurar jornalistas, e até por fazer uma camisa vermelha para a seleção.
A partir da camisa vermelha na seleção brasileira, que, certamente, será exibida em jogos no exterior daqui para frente, o governo pode vender uma falsa narrativa de representatividade igual à da amarela, criando uma imagem subliminar de que tem apoio da população, uma vez que, sendo da seleção brasileira, sendo a pátria de chuteira, tanto faz a cor da camisa.
Mediante imagens, fica fácil explorar narrativas no exterior, expostas para pessoas que nada sabem e pouco se interessam por saber sobre o Brasil. Para quem não sabe, a população média europeia e americana mal sabe que existem outros países, a não ser por suas respectivas excentricidades, no nosso caso, o carnaval, por exemplo.
Então, volto ao Yuri Bezmenov, o desertor russo que contou como funciona a máquina soviética de doutrinação. E repito a pergunta que fiz no início: nossa bandeira jamais será vermelha. Mas... E a camisa da seleção?
Ao fim e ao cabo, de toda maneira, é a destruição de um símbolo nacional, ainda que seja de uma pátria de chuteiras.
E aqui o vídeo de Yuri Bezmenov – Teoria da Subversão
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