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DESNUDANDO O DARWINISMO (ISMOS OUTROS) E O CIENTIFICISMO

Memórias & Retalhos dum Eco Inteligente e Não Replicante™

Marco Paulo Silva
Por: Marco Paulo Silva Fonte: Juntando as peças com intelecto, cognição e lucidez impolutas
07/03/2025 às 13h17 Atualizada em 08/03/2025 às 09h30
DESNUDANDO O DARWINISMO (ISMOS OUTROS) E O CIENTIFICISMO

Um dos periclitantes pontos da insanidade coletivista que exaspera é a assimilação plasmática, a mistura irrefletida e a verborreia desenfreada de símbolos, signos, significados e conceitos dissonantes e contraditórios.

É a Babel 2.0. num contínuo culto e réquiem à simbólica construção bíblica e ao que ela, de fato, significa.

É nesta mixórdia que se estabelecem errôneas interpretações, juízos e julgamentos sobre tudo e todos.

Vós, nós, eles, a humanidade em geral, são useiros e vezeiros neste danado processo.

Não por acaso estamos neste atoleiro sem fim, e fundo.

Tudo aquilo que a ciência não consegue, satisfatoriamente, parametrizar ou encontrar um sentido racionalizável que seja, ou, pior ainda, quando até descobre o caminho e o resultado, mas o manipula e o esconde para ímpios desígnios, não é ciência - é especulação, achismo, charlatanismo e / ou manipulação.

Não vos parece, porventura, que a afirmação da existência de um mundo exclusivamente material, por si só, é a mais acachapante de todas as auto-contradições?

Para o inveterado agnóstico, ateu e materialista a existência é a criação mais sublime e perfeita concebida por ninguém...

A positivista ciência moderna (com suas aliadas: propaganda & mídia), pelo menos aquela que é divulgada às grandes massas, não está minimamente interessada em partilhar as suas reais descobertas e as verdades mais elementares. Seu principal escopo passa por enclausurar-nos num pântano de dogmas e sofismas.

Um desaforo ao espírito, à consciência e à imaginação, é o que é.

Ninguém de hoje, ou de outrora, que se arvora ser cientista, ou só nela crer, esteve presente no momento em que este terreno reino nasceu e ganhou forma, concordais?

O éter e o vácuo quântico, por acaso, são catalogáveis ou mensuráveis?

As teorias espaço-temporais clássicas e oficialmente aceites embasar-se-ão, todas elas, e porventura, em experiências concretas e/ou efetivas?

Ou o que temos visto é que as mais enraizadas (teorias) têm brotado do nada, por auto-geração espontânea, como o Big Bang e a Gravidade associada (a tal força imaginária que sustenta todas as patranhas juntas) ou a Teoria da Evolução Teozoontológica - a tese do deus símio do tio Darwin de que algo nasceu e evoluiu de algo, mas que nada conceptua de quem, e como, porventura, surgiu o protótipo, o cânone e o arquétipo de cada algo?...

Para o darwinismo o nosso arquétipo é o macaco.

Vós sentis-vos confortáveis com tal origem e ancestralidade?

É-vos pacífica tal idiotice?

Parece que sim, pois é aquilo que nos ensinaram e continuam a ensinar nas escolas, desde finais do século XIX.

Não desfazendo a respeitável criatura animal, não sei vocês, mas moi, em definitivo, e com todas as forças e neurônios que ainda possuo rejeitarei, rechaçarei, impugnarei e sepultarei, liminarmente, tal simiesco dogma.

O cientificismo, a nova e dominante religião vendida como a banha da cobra é, a bem da verdade, um niilismo, um ridicularismo, uma covardia intelectual, ou melhor, a soma dos três.

A moribunda falange de alienados que a ela sucumbe em face da frívola exposição de totens e cifras vazias deixa que lhe impinjam o sentimento da sua própria nulidade em que, de boca aberta e em bicos de pés se coloca, privando-se do sentido pateticamente magnífico e suntuoso da sua real importância...

Galápagos, segundo reza “a imaculada crônica histórico-cientifica”, serviu de palco e tubo de ensaio à pantomima teórica do charlatão-mor que ao serviço da governança global moderna, pomposamente, anunciou “a descoberta dos séculos” e nos ofertou a definitiva resposta à nossa tão ansiada origem e proveniência enquanto espécie (ironia nossa).

A soberba ciência passava, pois, e desde então, a destronar o dogma ontológico-religioso, assim catalogado por ela, para, simplesmente, e tão só, se assumir como um, e dos mais inelutáveis e graníticos.

E não é que a adesão, desde então, tem sido louvada e maciça – vá se lá entender...

Que raio de fetiche plasma tão doentias mentes que, do alto da sua megalomania, nos tratam com tanto descaso?

Eles bem que se têm esforçado em fazer da humanidade uma servil falange animalesca.

Estão, inclusive, a ser exitosos na transformação deste lugar, à luz da preditiva distopia literária de Pierre Boulle, num Planeta dos Macacos vívido, concreto e real.

Algo que há muito ambicionavam, e tudo têm feito, na pérfida inversão cuja nova arma passou a ser o seu cientificismo.

Um culto em nome do qual se invertem as causas pelas consequências e se altera, ad continuum, a ordem dos fatores, fatores, esses, que independentemente do produto e resultado sempre se adéquam às suas falácias, criando inverossímeis teorias e tudo fazendo, não olhando a meios, para impingi-las e estatuí-las.

O interpretativo e cênico olhar incrédulo, pungente e desesperançado de Charlton Heston naquela praia - no derradeiro ato da seminal e primal película baseada na obra acima citada - ao deparar-se com parte da Estátua da Liberdade enterrada na areia, será muito em breve o olhar de todos os distraídos, omissos, apalermados e imbecilizados quando as conspurcadas águas baterem em suas indignas nádegas, percebendo, talvez aí, e finalmente, toda a sinistra piada e o que fizeram com a sua liberdade e autodeterminação.

Chega a ser grotesco e risível, sem dúvida, mas mais por nós, por nossa própria letargia, ignorância e culpa em não entender, em sermos cúmplices, coniventes, em não nos opormos com vigor, em não desmascarar, combater e reverter, em definitivo, todo este marasmo e estado de coisas.

Respeitando vosso quadro de referência, aquilo em que acreditais e o que vos foi dado conhecer, não deixarei, no entanto, de considerar que qualquer idiossincrasia cientificista ou credo hegemônico-midiático é um construto muito redutor e raso de uma realidade que só pode ser compreendida em perspectiva, composta por anéis gradativos de crescente complexidade, anéis, esses, que são cíclico-espirais, mesmo aqueles em que nos encontramos e acedemos – os infra –, ou seja, que possuem um princípio, um meio e um fim incessante, implacável e perpétuo apesar da sequência dos eventos nos parecerem sempre lineares.

Ciência é tão só uma ferramenta impermanente (mutável, portanto), ao serviço do conhecimento e do entendimento.

É um aríete que derruba portas de ignorância, sem dúvida, que resolve problemas, trás soluções, mas jamais se constitui como uma maternidade de verdades dogmáticas, jurisprudentes e plenárias.

Terá que ser sempre vista como um cemitério de certezas afobadas, cujo questionar será a turbina do devir.

Sua essência estará mais em duvidar se algo é verdade do que em aceitar a primeira unanimidade que, porventura, nos seja imposta. Estará mais em negar, por princípio, do que para afirmar qualquer presunção de verdade que conosco esbarra a todo o instante para nos ludibriar e confundir.

A ciência é uma criação humana, nunca o contrário.

A seleção natural pode parecer uma obviedade. Mas, sendo-o, só será uma consequência dum processo pré-existente, jamais a causa ou a origem dele.

Já parastes para pensar que não se consegue imaginar como “o nada” possa ter-se transformado em algo, nem aproximar-nos disso por explicar, porventura, como uma coisa pode se transformar em outra...

E é precisamente onde a biologia – a ciência, portanto – cessa, que o imaterial, o insondável, o oculto, o imparametrizável, o alegórico e o espiritual entram, explicam, preenchem e reinam...

Eco

 

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Marco Paulo Silva
Marco Paulo Silva
Nascido, em 1975, e criado em Terras lusitanas, formei-me, academicamente, em Psicologia Clínica.
Na busca pelo binômio - independência financeira / vocação -, há mais de duas décadas que dedico minha vida profissional à investigação criminal e segurança pública.
A partir de 2020 enveredei numa saga literária cujas façanhas já deram azo a três diamantinas obras: COSMION, POMPA & CIRCUNSTÂNCIA e DZÁIT-GÁIST...
O futuro a Deus pertence...
Hoje, vivo em São Paulo, Brasil.
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