Começo por vos trazer ipsis verbis o que o Wikipédia do Google (o mesmo é dizer toda a “narrativa oficial” que constará nos “anais da história” e dos manuais escolares) faz constar sobre os eventos ocorridos em Brasília, no dia 08 de janeiro de 2023, abro aspas:
…“Os ataques de 8 de janeiro de 2023 ou atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, também chamados de Intentona Bolsonarista ou simplesmente de 8 de janeiro, foram uma série de vandalismos, invasões e depredações do patrimônio público em Brasília cometidos por uma multidão de bolsonaristas extremistas que invadiu os edifícios dos três poderes”…
Agora, e antes de fazer a suma REAL dos acontecimentos em apreço, debruçar-me-ei sobre um conceito-chave para entender toda a problemática, vicissitude e conjuntura envolvidas, conceito, esse, que literal e metaforicamente estou careca do trazer em textos pretéritos por mim lavrados e / ou nas minhas três obras literárias, a saber: operação de falsa-bandeira.
Uma operação de bandeira falsa é uma ação política ou militar que tem como objetivo culpar um oponente por um certo e determinado evento.
O termo surgiu no século XVI para descrever quando piratas usavam a bandeira de um país amigo para enganar navios mercantes.
As operações de bandeira falsa podem ser levadas a cabo por governos, organizações, indivíduos ou corporações, e podem acontecer em tempos de paz ou de guerra.
O nome vem do conceito de usar “as bandeiras” do oponente.
Operação de bandeira falsa (false-flag, em inglês) é um ato hostil e impopular cometido com o intuito de ser atribuído a quem não é seu verdadeiro autor, de modo a justificar a tomada de decisões extremas – como repressão e perseguição política, guerra ou golpe de estado – a pretexto de combater o acusado da agressão.
Bom, pelas definições supra e grifos nossos poderíamos já dar por encerrado este texto.
É por demais cristalino…
Para quem viveu e assistiu aqui ao desenrolar dos acontecimentos, quer antes, quer no próprio dia 08 de janeiro daquele ano, a REAL crônica, em face das definições citadas, passa a estar por demais elucidada.
Mas façamos a degustativa, mastigada e digerida crônica daquele fatídico dia.
O ensaio geral da dita operação de falsa-bandeira costurada por algumas peças do establishment eleito e/ou em exercício, pela máquina de propaganda esquerdista & mídia associada, inc. que voltou a açabarcar o poder neste País fora posto em marcha, nas semanas antecedentes ao dia 08, portanto, ainda no ano de 2022, quando um grupo organizado de meliantes (fazendo-se passar, claro está, por manifestantes pró-governo Bolsonaro que se encontravam pacificamente acampados junto aos quartéis em Brasília) fora contratado para realizar diversos danos, tumultos e atos de depredação na cidade de Brasília, alguns deles, junto à Superintendência da Polícia Federal daquela urbe.
Os sinais passaram então a estar claros e a antevisão do que viria a ocorrer, também.
No dia 08 de Janeiro de 2023 o que aconteceu de fato, e sem que fosse necessário recorrer às imagens de videovigilância do interior dos edifícios que viriam a ser tornadas públicas e, posteriormente, confiscadas pelo, então, Ministro da (in)Justiça do Governo eleito, logo depois premiado como (a)juiz da Suprema Vilania deste País (elementar!), o que aconteceu, dizíamos, foi o seguinte: um número considerável de delinquentes foi recrutado para se infiltrar nos acampamentos da cidade com um propósito muito claro – primeiro, instigar os manifestantes a deslocarem-se, em data e hora estrategicamente pré-definidas até a praça dos três poderes e depois, quando ali chegados, eles próprios se adiantarem, e com extremo facilitismo, adentrarem nos edifícios e passarem a vandalizar tudo o que vissem pela frente.
“Numa data e hora pré-determinada” por quê?
Porque nesse dia específico todo um efetivo e aparato policial/militar que em qualquer circunstância estaria suficientemente mobilizado para assegurar a proteção e segurança dos edifícios/instalações passara, “coincidentemente”, a estar reduzidíssimo.
“Com extremo facilitismo” adentraram nas instalações governamentais acompanhados, inclusive, por um repórter fotográfico da Reuters (pasme-se!!!) porque nas imagens vazadas (e logo depois confiscadas) restou claro que os mesmos foram “recebidos e convidados” a entrar por algumas autoridades/funcionários que estavam no interior dos mesmos, de entre as quais o general Gonçalves Dias, chefe do GSI à data, nomeado pelo (a)Presidente eleito (de quem me recuso nomenclar) responsável (pasme-se²!!!), pela segurança dos ditos edifícios, general, esse, a quem nenhuma responsabilidade nos ditos atos criminosos (mesmo com a inequívoca clareza das imagens registradas) lhe foi atribuída a não ser a mera exoneração do cargo.
Mais de 1000 pessoas foram e continuam presas após o sucedido.
Pessoas, essas, que haviam estado pacificamente acampadas meses e meses na porta dum quartel e que, até então, nenhum ato hostil ou de insubordinação haviam sequer cometido.
Todas elas, claro está, afetas e taxadas ao governo derrotado nas eleições.
Algumas dessas pessoas presas já faleceram no cárcere.
A maioria, senão todas, acusada e condenada sem qualquer individualização do ilícito, do intercriminis e/ou de pena, e que sequer adentraram em algum dos edifícios, pois que foram presas no dia seguinte quando os acampamentos foram desmobilizados pelo Exército, as quais pensando estar a ser transportadas para uma qualquer rodoviária da cidade ou arredores acabariam por ser levadas para um ginásio da Polícia Federal onde ali passaram a ficar detidas em condições sub-humanas.
Presos, também, o governador do DF (por haver manifestado, por altura das eleições, apoio ao anterior presidente) e o Comandante da Polícia Militar do DF ambos por alegado crime de omissão na contenção dos atos de vandalismo.
Em sua defesa o último referiu, abro aspas: “que seu setor, até ao dia 08, não havia recebido qualquer alerta de inteligência anterior ao vandalismo por parte do órgão competente – o GSI (quem era mesmo o comandante deste órgão de inteligência?…); e que o Exército teria impedido sua tentativa de desmobilizar o acampamento bolsonarista em frente ao quartel-general da Força, em Brasília, no fim de dezembro. Que havia tentado colocar os seus agentes de segurança no local, mas que o Exército decidira tomar a frente alegando que faria o policiamento com a própria Polícia do Exército”…
O mesmo Exército que, no dia seguinte à depredação, haveria de levar como gado os manifestantes acampados para o ginásio encarcerador da PF…
Por último, se atentem à incessante corrupção e conspurcação da linguagem ao utilizar aqui termos como “atos golpistas”.
Nenhum golpe de estado poderá ocorrer sem armas.
Nenhum golpe de estado prospera por simplesmente se depredar patrimônio ou instalações público-privadas, mormente, num domingo!
Nenhum golpe de estado funciona sem a tomada dos órgão e cargos efetivos de poder.
Nada mais precisará ser dito.
Extraiam suas próprias conclusões, ainda que a falaciosa narrativa já esteja decretada, registrada e sacramentada para a posterioridade, à semelhança de tantas e profusas outras de toda uma (des)história da humanidade que nos contam, reduzem, ludibriam e doutrinam...
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