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A Economia vai bem? As aparências enganam

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Luiz Philippe de Orleans e Bragança
Por: Luiz Philippe de Orleans e Bragança
31/10/2024 às 17h45
A Economia vai bem? As aparências enganam

Se depender de gastos do governo tudo vai bem, obrigado, mas a Economia do mundo real vai mal. Na semana passada tivemos a novidade do confisco de dinheiro em conta inativa. O Executivo provou  sua  incapacidade de cortar gastos e o rombo fiscal continua cada vez maior.  Sem espaço para aumento de impostos, esse governo inventa de confiscar recursos em contas esquecidas.

De acordo com o Executivo, há três razões por que a Economia vai bem: O PIB vai crescer 3% este ano, a inflação e o desemprego estão sob controle; e há investimentos sendo conduzidos em diversas áreas. Para contrabalançar, há outras razões para justificar por que ela vai mal: O PIB só tem crescido por causa dos gastos do governo, que são insustentáveis; os investimentos privados estão em baixa; pequenas e médias empresas estão sem perspectiva; todos percebem que a inflação real é muito mais alta que os índices divulgados e os empregos nos setores de serviços e comércio estão em risco com a reforma tributária.

Portanto, está sendo encenado um teatro das aparências. Parece não haver crise,  céu de brigadeiro. A ignorância dos mecanismos parece entorpecer o Brasil.Como o governo gasta muito,  precisa aumentar a arrecadação taxando a população, que fica com menos dinheiro e transfere ao governo um direito seu, de investir e prover seu bem estar. Pequenos e médios empresários, amedrontados pela instabilidade tributária, assistem à novela dos aumentos semanais de impostos. O resultado é que a livre-iniciativa não está disposta a fazer investimentos.

Se fosse só o governo a atrapalhar estava bom, mas há também o STF, ao não garantir segurança jurídica aos investidores nacionais e internacionais. A falta de  transparência, as artimanhas tributárias, e as decisões arbitrárias fazem do Judiciário coautor do caos no sistema político e econômico.

O abismo se aprofunda com  o rombo fiscal, e o Brasil está chegando ao endividamento de 80% de seu PIB, Se os juros chegarem a 10%, já estamos no limite. E se aumentarmos o endividamento, os juros também vão ter que aumentar, em uma crise semelhante à da Argentina e da Venezuela.

Infelizmente esse governo gastador decidiu cobrar impostos da classe média em vez de atrair capital estrangeiro, indo na contramão de países que prosperaram ao entender como funciona o mercado internacional e as grandes decisões financeiras. Seria preciso ter gente capacitada nesse governo, mas para esses ignorantes, aumentar impostos e confiscar faz todo o sentido.

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Luiz Philippe de Orleans e Bragança
Luiz Philippe de Orleans e Bragança
Luiz Philippe de Orleans e Bragança está em seu segundo mandato como deputado federal (PL/SP), com mais de 500 propostas apresentadas com foco em reformas no sistema político, tributário e judiciário, defesa nacional, patrimônio histórico e relações exteriores. É presidente da Frente Parlamentar pelo Livre Mercado.
Graduado em Administração de Empresas pela FAAP/SP e mestre em Ciências Políticas pela Stanford University. Trabalhou no banco JP Morgan, em Londres; e depois no Lázard Freres, em Nova Iorque. Retornou ao Brasil como diretor de desenvolvimento de negócios da America Online (AOL) na América Latina.
Fundou em 2014 o movimento Acorda Brasil e é autor de livros sobre política, constituição e História do Brasil.
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