NÃO BATA PALMAS PARA MALUCO DANÇAR
O Brasil precisa acordar para a desgraça iminente que consegue adentrar na sociedade por meio da peculiar característica de desinteresse pelo que acontece no mundo político (apesar de evidências de um despertar em boa parte do povo), não entendendo que o prejudicado será ele mesmo.
Na Renascença, um grupo de pessoas muito habilidosas sempre realizavam shows — com vários músicos, palhaços treinados e alguns animais — e encantavam o público.
Eles tinham capacidades que inebriavam os fiéis e convenciam as pessoas a comprarem produtos — supostos serviços “milagrosos” — para curar doenças; eram os charlatões. Os talentosos usavam um vernáculo escorreito, mas enganoso e mentiroso.
Essa indústria rentável, que iludia os neófitos espectadores, evoluiu.
Hoje, está presente na imprensa,que para recuperar o monopólio da informação — perdido para as redes sociais—, faz ilusionismo e contorcionismo hermenêutico e, aproveitando a falta de segurança, rechaça quem alertar ao povo para a desgraça social que se aproxima, os Iracundos.
E deturpando a realidade, cria distrações para o povo. Esses aproveitadores utilizam técnicas de persuasão, artigos da Constituição misturando com tirania e propaganda — que hipnotiza a plateia com emoções estólidas —jurando que estão defendendo a democracia.
Eles são "experts" em misturar justiça com excepcionalidade — liberdade com medidas cautelares— jagunços com criatividade jurídica —, e ditadura com defesa da democracia —, mas a imprensa é a principal responsável por negativar a capacidade de raciocínio lógico do leitor ou telespectador, para conseguir vender a fakenews do dia. Pode ser um "laptop da Abin" ou uma "baleia falante".
E o povo, rindo e se divertindo —fazendo mêmes — batendo palmas para maluco dançar.
O povo é leigo, e às vezes, conivente. Adora dançar e se alguém "canta", aplaude.
Conta-se que os Iracundos eram um povo cheio de raiva, ódio, intolerância [extrema-esquerda]. Eles eram fortes, sempre usavam arcos e flechas. Porém, eram cegos e surdos. Ou seja, não adiantava falar ou mostrar nada para eles, pois não viam e nem ouviam.
Eles eram tidos como loucos.
Os Iracundos perambulavam pelas cidades com seus arcos e flechas, em grupos no meio das praças e falavam com as pessoas:
— Por favor, batam palmas!—
As pessoas perguntavam:
– Para que bater palmas?
Mas eles não ouviam, então repetiam:
–— Batam palmas para verem os malucos dançarem.—
As pessoas da cidade se reuniam curiosas nas praças e. por estarem carentes de um espetáculo, se sentavam em volta dos Iracundos e obedeciam a eles, batendo palmas.
Os iracundos, então, atiravam flechas para cima e por eles possuírem uma grande força física, as flechas sumiam e desapareciam no ar.
As pessoas carentes de alegria riam e batiam palmas, e eles atiravam mais flechas, embora não ouvissem nada, nem os aplausos, nem a risadaria, atiravam milhares de flechas e as pessoas continuavam aplaudindo e dando gargalhadas.
Quando se passavam algumas horas de apresentações, os Iracundos iam embora e deixavam aquela cidade.
— Alguns minutos depois, uma [daquelas lançadas]flecha caía e acertava uma criança ao lado da sua mãe. Depois, outra caía e acertava um idoso e, assim, as flechas retornavam e caíam na cidade.
De repente, a cidade recebia uma chuva de flechas e matava a população quase toda. E os Iracundos, já estavam em outra cidade fazendo o mesmo pedido :
— Batam palmas! —e preenchendo aquele momento de lacuna emocional do povo.
Como povo, precisamos fazer uma "mea culpa" e admitir que não costumamos levar nada a sério. Parece ser apenas uma válvula de escape nossa, mas por ela, estão entrando: totalitarismo intolerância religiosa e ao contraditório, fascismo, repressão e controle de massas.
Enquanto você rir do "espetáculo" o iracundo lança flechas. Hoje cai na casa de seu inimigo, amanhã na sua, na do seu filho..
"NÃO BATA PALMAS PARA MALUCO DANÇAR!"
Sergio Junior
#BoulosNão
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