Sinto a brisa a percorrer meu corpo e sensações me surgem...
Num repente que de pensar me jogo em busca de onde em algum lugar te perdi... Falo com as brumas... e a suave sensação na pele... o toque sutil da brisa que me faz viajar... e te procuro em cada onda do oceano... e te sinto nas areias e no mar!
Sensações... várias lembranças me invadem... visões... momentos passados... tento retornar ao ponto de partida, mas a bruma do mar se evanesce e aquelas mudanças bruscas agem em meu coração que já não sabe se salta ou palpita... dança ao ritmo de uma saudade... e meus olhos marejantes... envolvidos em lágrimas de saudades, me levam ao mundo em que já vivi!
Volto à realidade e olho para trás... sinto a sensação de que esqueci algo...
Será o ferro ligado? o gás... Não sei ao certo... espero que sejam apenas sensações...
O vento é frio... Gela minha pele, congela minh’alma... e por mais roupas que eu vista... o frio adentra minha pele e se aloja em meus ossos...
Será porque estou triste? Meu coração está só... Sinto-me só...
E isto faz com que em minha boca eu sinta o calor de teus lábios... lembranças da tua boca em minha boca... O roçar de corpos entrelaçados em uma união uníssona e candente de calor...
Talvez as lembranças e a falta de ti... tenham-me transformado num ser sem calor... O frio me castiga... ranjo os dentes... frios... gélidos... Frios... Porque meu Deus este gelo em minh’alma e em meu coração?
Meus olhos se abrem... tornam-se efêmeros como as nuvens que envolvem as montanhas num fim de tarde. Minha alma viaja em busca de um caminho algumas vezes percorrido. Existem momentos em que às vezes a vida nos faz sentir com as mãos amarradas... Há... quisera eu ter a real e total liberdade para agir... não sendo apenas um sonho, te mostraria como é o meu amor!
Eu iria colorir teu mundo! Iluminaria tuas noites! Tocaria teus olhos suavemente fechados... com amor, afeto, carinho e ternura e os encantaria para que não precisassem mais outros olhos... pois em meus olhos encontrarias todo o carinho que tanto procuras. Olho em volta e busco em vão te encontrar... tentando resgatar ao menos parte do que foi e do que fomos no passado. Mas tudo é ilusão... triste ilusão!
Só tu, tu mesma, viva... bem viva, palpitante... podes me transmitir calor, amor e vida!.
©Celso Afonso Cavalcanti de Albuquerque Tabajara -
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