Um ano que se vai rumo ao passado,
Outro que chamamos de porvir,
E, entre eles, um momento alado,
Em que parece deixamos de existir...
É que nossa alma naquele instante,
Em que um ano cede passo há outro ano,
Esquece a ingratidão e o desengano,
Enfim, o que passou já vai distante.
Mísera condição do ser humano,
Desejar sempre a felicidade,
Que redundará... talvez,
Em um novo desencanto.
E neste instante de fugaz engano,
Esquece a alma a cruel realidade,
Voltando a crer no ser humano,
Desejando ser feliz no Novo Ano!
©Celso Afonso Cavalcanti de Albuquerque Tabajara
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