MEA-CULPA
A verdade é uma só: o Brasil não pode mais se autoenganar se declarando como uma nação livre. NÃO!
Definitivamente, este não é um país livre. Não dá mais pra fingir. E isso poderia ser explicado ou analisado por diversos prismas; desde o da idade ainda tenra da nossa pseudo independência ou das guerras internas que tivemos (no norte, sul, nordeste, etc), até uma análise mais técnica e psico- sociológica sobre a origem do nosso excessivo pacifismo ou leniência com o injusto, com o ilegal e com o marginal. Independentemente do método ou crivo abordado, a honestidade intelectual do analista o levará a constatar que a nossa genética nacional não passa de um plasma de república que fecundou óvulos imaturos da "mãe gentil" e gerou filhos escravos que, não conhecendo o significado da palavra liberdade, acha educado agradecer aos seus feitores pelo direito de poder falar apenas o que estes toleram. O empirismo brasileiro confirma a tese da "síndrome de Estocolmo".
O que me alegra é saber que, além de alguns bravos guerreiros (jornalistas, desembargadores, advogados, comentaristas e políticos) atingidos pelo ataque coordenado do elitismo tiranico nacional, mas que resistem e não se calam; ao menos nesses tempos sombrios em que vivemos, uma quantidade razoável de pessoas simples, presas injustamente e, com crimes atribuídos à elas que escapam qualquer conceito de decência e rito jurídico, puderam(apesar da desventura) demonstrar brio ao negarem um "acordo macabro", onde elas admitiriam crimes que jamais cometeram.
Embora a outra parte dos "empalados" aceitaram a estronca de ponta afiada da justiça parcial no meio do peito, fazendo uma confissão forçada; o que configura claramente o que o ministro da corte superior, Gilmar Mendes, chamou em relação à lava-jato, de "uma tortura psicológica"; eu, ainda me seguro nesse fio da fé cristã chamado de esperança e prefiro ver o cálice da desgraça meio-vazio.
No entanto, embora se deva enaltecer o brilhantismo do trabalho de Jair Bolsonaro @jairbolsonaro , que, sobretudo nesses 10 anos, 2014-2025, sinceramente, tem sido um poderoso remédio; distribuindo em cada canto do Brasil, largas doses homeopaticas diárias. Contudo, deixar de observar essa nossa postura de subserviência patética e inclusive de parte dos nossos representantes políticos, constitui uma ausência de sinceridade informativa e relegar o povo a mais cruel insignificância e conformismo, preparando-o para o seu "abatimento". Portanto, é cooperar com o predador ou se cadastrar no grupo dos fidalgos da puzilanimidade. É ser como o levita e o sacerdote que passam de largo ao perceber o inocente adorador que, sendo roubado e surrado, geme por socorro largadono meio da estrada. Eu, sou do time do "bom Samaritano", que procura fazer alguma coisa.
Sim! Eu sempre escrevo enaltecendo a beleza sociológica dos movimentos do maior líder político que os meu olhos já viram e digo que Jair Bolsonaro reativou o nosso elã social e patriotico; hoje retorno aqui para confirmar aquela expressão que ele cravou nas pedras da história da nossa emulada república no advento da fraudemia:
"O que esses filha de uma (&*^$#>×) quer, é a nossa LIBERDADE.
Olha, eu tô, como é fácil impor uma DITADURA no Brasil. Como é fácil. O povo tá dentro de casa[...] Facílimo!”.
“Um bosta de um prefeito faz um bosta de um decreto, algema e deixa todo mundo dentro de casa. Se tivesse armado, ia pra rua. E se eu fosse ditador, né? [...]E não dá pra segurar mais! Não é?
NÃO DÁ PRA SEGURAR MAIS "...
Essas palavras ecoam nos meus ouvidos toda vez que vejo uma notícia onde o veículo de imprensa, impetrando medo, sugerindo recuo e operando psicologicamente no grupo dos "falsos livres"; usando a foto ou o nome do feitor-mor que muitos destes mesmos veículos de imprensa, alimentaram.
Ou seja, Jair Bolsonaro anteviu que o Brasil estava caminhando para uma ditadura e deixou isso claro em suas frases: "Ah se vocês soubessem do poder que têm " "rezo a Deus para que o meu povo não passe pelas dores do comunismo ". Pois é Jair, as dores chegaram.
Faço questão de destacar que, quando discorro a nossa genética de nação, não estou grifando espectros políticos de direita, extrema-esquerda ou centro, tampouco de gestores ou ideólogos. NÃO!
Estou falando da nossa estrutura de pensamento como povo. Estou falando de nós e da nossa urgente necessidade de fazer uma "mea-culpa". Pois como carneiros, estamos batendo cabeça um com o outro, às vezes, dentro do mesmo grupo.
Esse caminho de distrações e de medição de força, mostra o quão incipiente ainda somos como povo e o nível de consciência social, politica e econômica que temos. Por exemplo, se eu te perguntasse: "Qual é o projeto de país que temos?"
Certamente, você não saberia responder. Porque simplesmente não há.
A nossa estrutura política, social e econômica é uma brincadeira de 5º série. A defesa da nossa soberania simplesmente não existe. As nossas forças são motivos de piada. E se formos abordar as nossas instituições. Misericórdia!
Sim,
- quando um ministro da justiça se demonstra claramente incomodado e afirma publicamente que tal rede social fomenta apenas um espectro político ;
- quando um ministro da corte superior se irrita com pessoas que não aceitaram uma proposta de rendição;
- quando denúncias de corrupção e desvio de funcionalidade não resultam no afastamento imediato do tal servidor público;
- quando uma rede social que é conhecida e utilizada por mais de 10% da população de um país, é tirada do ar arbitrariamente e as discussões e entrevistas são extremamente comedidas, e o máximo que o povo consegue é ter um senador vindo a público dizer que seu amigo está postando do exterior, isso já é mais que suficiente para esse povo parar e fazer uma reflexão menos passional ou de torcida desportiva e perceber que não é livre e que seu destino é a desgraça da ditadura.
Isso tudo acontece não é porque "o sistema é phoda" é porque boa parte do povo ou é idiota e não tem o mínimo de responsabilidade ou porque é frouxo e adora terceirizar a culpa, dizendo que o frouxo é o outro.
Assim, o Brasil [país tão conhecido por seu calor almatico], tem em seu desfavor, artistas, políticos, juízes, jornalistas e até cidadãos que não sabem (ou por birra de criança mimada), fazer a leitura do cenário macro da nação. Por isso, os que estão investidos de algum poder, se sentem inatingíveis, com ajuda dos especialistas que se detém em frames sociais e neles se fiam para embasar suas opiniões e decisões, eivadas de ódio.
A verdade é que, o povo, não conseguirá subsistir se não se unir e parar de se ferir um ao outro por preferências ou opiniões estólidas, enquanto o verdadeiro inimigo massacra lentamente, o grupo inteiro. O tirano é um predador que come da direita para a esquerda, às vezes, poupa o centro da refeição porque é a espinha dorsal do seu projeto, mas o bicho não tem ideologia, ele só deseja o poder, e depois, se garantir no poder.
Quem precisa acordar é o povo.
Não para almejar por Trump, Musk, ou qualquer outro estrangeiro. O Brasil precisa se formar como país, não para torcer pela seleção, mas para entender que a sua desventura é iminente e é preciso uma mudança de rumo urgentemente.
Sou absolutamente contra movimentos imbécis e revolucionários de gritos, bravatas e de pé na porta. A minha proposta é que precisamos de um movimento idêntico ao de junho de 2013; só que agora não mais sobre "20 centavos", mas sobre liberdade de expressão.
Aliás, parece que para muitos de nós, ela, a liberdade, vale menos que isso.
Assim como em 2013, fica claro que os nossos movimentos de rua se iniciam com uma pauta e, no decorrer do processo, vai abarcando outras pautas igualmente necessárias, com a adesão de pessoas tidas como adversárias, mas que foram toleradas em função da necessidade de uma resposta mais abrangente. Até chegarmos no ponto central de entendimento e conseguirmos o que queremos.
Pelo menos é o que eu acho que foi fundamental para derrubar Dilma.
Aliás, por falar nela, eu diria que, nós não vamos colocar uma meta como:
-vencer as eleições municipais desse ano,
-pautar o impeachment de Moraes
- a ANISTIA para os presos políticos,
"Nós não vamos colocar uma meta. Nós vamos deixar uma meta aberta. Quando a gente atingir a meta, nós dobramos a meta."
Resta saber se, diante desse tentador convite dos agitadores de multidão (que está todos os dias nas redes sociais), que o brasileiro adora aceitar e subir de guarda alta no ringue, batendo no juiz e nas meninas (que só estão ali para levantar a plaquinha informando o round), o cidadão brasileiro vai pegar um tempo para refletir, baixar a guarda, tirar as luvas e admitir que certas lutas só nos levarão ao eterno primeiro lugar no pódio dos idiotas úteis.
O próximo dia 29, será uma resposta para esse dilema.
Sergio Junior
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