ANISTIA - UM ATO DE PACIFICAÇÃO
(lei n.º 6.683 de 28 de agosto de 1979)
O nosso país é, historicamente, um campo de batalha cultural. Enquanto nação, ainda somos muito jovens no que tange ao espírito democrático e — muito quentes ou estridentes ao defendermos nossas opiniões. Certo ou não, esta ainda é a nossa cara adolescente com muitas acnes; muitas delas bastante inflamadas.
Isto deve ser produto das misturas étnicas e filosóficas-religiosas do nosso povo. Plural e rico por um lado, complexo e indomável por outro.
Após 524 anos de achamento (descobrimento), ainda não estruturamos um real projeto de país, um modo de viver que nos sirva de identidade interna e externa. O que temos é uma referência ideológica importada de países ditadores, pois ensinaram a nossa classe política que, para deter um povo como o nosso, deveria exercer ou implantar uma ditadura no nosso país.
O que sempre gerou diversas reações nas camadas sociais.
Algumas dessas reações, extremas e desesperadas, foram classificadas como criminosas e punidas severamente. É fato que durante muito tempo conservamos posições eivadas de paixões idealistas, muitas vezes sem nos atentar para alguns prejuízos sociais que poderiam ocorrer.
Contudo, se tratava de uma reação a um movimento de repressão —pelo menos na interpretação —social, ou seja, a sensação natural da espécie humana de coação e supressão dos direitos do homem, provoca respostas inimagináveis.
Foi nesta esteira legítima de defesa que, embora os crimes contra o estado brasileiro tenham sido comprovados, a maioria da extrema-esquerda brasileira que hoje ocupa relevante tecido político, foi perdoada pela lei n.º 6.683 de 28 de agosto de 1979.
Atualmente, artistas, políticos e muitas outras pessoas gozam desse privilégio e vivem felizes e livres graças a esse remédio que distensionou o país antes mesmo do fim do regime militar em 1985.
— Ora, se esse remédio foi usado para dar a possibilidade de um "nirvana" para pessoas comprovadamente criminosas, e foi benéfico para a sociedade brasileira, por qual razão não usar novamente para cidadãos das manifestações de 08 de janeiro de 2023—que sabemos perfeitamente que não são criminosos—?
— Quantas vidas ainda serão ceifadas ou quantos vão se suicidar por causa dessa desesperança que atingiu o Brasil?
Sim, houve excessos, houve vandalismo e dano ao patrimônio público, mas não houve luta armada, não houve assassinatos de jornalistas nem de agentes públicos.
— Quem vai devolver a vida a Clezão?
— Quem vai curar as milhares de pessoas que ficaram meses presos sem alguma culpa?
— Por que essa crueldade com tanta gente inocente ou réu primário?
— Quem vai ressarcir os dias perdidos de Anderson Torres, de Filipe G. Martins, Coronel Cid, Silvinei Vasques, etc.?
✅️Eram cabeleireiros, professores, microempresários, funcionários públicos, pessoas visivelmente inocentes e sem alguma predileção à violência, inclusive repreendendo os que estavam quebrando;
"não quebra, não quebra".
— Obviamente que havia desordeiros no meio da multidão, mas não era o intuito da grande parte daqueles idosos, gente com bandeira do Brasil e de rosto descoberto, pessoas que carregavam bíblias e que cantavam hinos religiosos.
Não é minimamente concebível que, parte da imprensa — os mesmos artistas que outrora foram perdoados— faça coro com esse ativismo judicial e com essa posição política tribal, que visa a todo custo suprimir vozes destoantes e se vingar de desafetos.
A anistia é o melhor remédio para aqueles que estão sendo condenados a penas injustas e superiores as de quem comete assassinato. Isso não é saudável para a nossa sociedade nem para a democracia. O Brasil já tem graves problemas de corrupção, com um estado paralelo criminoso e com as injustiças sociais. Não podemos nos permitir esse primitivismo político e essa justiça bélica que parece estar se vingando de alguém ou de um grupo social simplesmente por discordar dele.
Senhores, não é justo impor medidas cautelares como tornozeleiras eletrônicas em quem sempre empreendeu e contribuiu com os impostos, enquanto criminosos profissionais entram e saem pela porta da frente da cadeia e têm seus patrimônios (oriundos de crimes) apreendidos, liberados.
Não deve ser este o pagamento que deve receber o cidadão brasileiro que trabalhou a vida toda e, por um infortúnio, esteve naquele domingo dentro de prédios públicos apenas para se abrigar da reação do estado ao que diz ser insistentemente uma tentativa de golpe de estado. O que é um acinte à inteligência de qualquer adolescente.
Prezados, queiram por obséquio convergir conosco no remédio, ainda que se rechace a doença. Pois não é típico de um povo cristão - conservador, a baderna e a desordem.
Não há qualquer histórico no Brasil de queimas de pneus, invasão e depredação de patrimônio público, por parte do espectro de direita no Brasil. O povo conservador "conserva", não destrói e é radicalmente contra o crime.
Os senhores do legislativo têm a possibilidade de distensionar o país, permitindo o retorno daquele espirito peculiar brasileiro. Voltemos ao nosso estado original de solidariedade, não embarquemos nesse "olho por olho, dente por dente", onde todos terminam cegos e desdentados.
A lei da anistia, n.º 6.683 de 28 de agosto de 1979, precisa ser aplicada mais essa vez, para o bem da nossa democracia e para a paz social.
O Brasil não é uma arena de demonstração de poderes, para se descobrir quem é mais cruel, quem oprime mais e qual pena mais alta é aplicada. Sobretudo em se tratando de pessoas inocentes. Esse não é o país que nasci, não foi essa a cultura que recebi, esse não é o meu Brasil.
O meu país é um lugar de paz e de unidade da "brava gente brasileira". É um país altamente tolerante, pacífico e fomentador da assistência social. E sinceramente, foi isso que senti quando vi o presidente @jairbolsonaro, visivelmente emocionado, dizer ao Brasil no dia 25 de fevereiro e no 07 de setembro deste ano, na Avenida Paulista.
“É por parte do Parlamento brasileiro, é uma ANISTIA para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília. Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos. A conciliação, nós já anistiados no passado, quem fez barbaridade no Brasil”
__ Jair Bolsonaro.
O nosso povo já sofre demais senhores, precisamos retomar o caminho de desenvolvimento depois de dois anos sem contato social, presos dentro de casa durante a pandemia. Deixem-nos voltar a viver em paz e em plena liberdade de expressão, conforme diz a Constituição Federal de 1988, artigo 5º, parágrafo IV:
“É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”.
Todos os órgãos de imprensa, o poder legislativo, o executivo e o judiciário, precisam entender que, a liberdade e o distensionamento, são infinitamente mais eficazes para o equilíbrio de uma sociedade, do que qualquer método engenhoso de repressão e sadismo persecutório.
Só entende o valor da misericórdia e da compaixão, quem um dia se viu beneficiado por uma delas.
" Pai, perdoa‑lhes, pois eles não sabem o que fazem". [...] O povo ficou observando, e as autoridades o ridicularizavam[...]. Lucas 23:34.
Sergio Junior
#AnistiaParaPresosPoliticos
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