A verdade é que aumenta diariamente o número de pessoas assumidamente antissemitas.São pessoas que odeiam Israel e usam um véu de sofismas falando sobre um movimento denominado "sionista".
Porém, seja o ataque terrorista sofrido em 7 de outubro de 2023, o sequestro e assassinato de milhares de cidadãos Israelense (inclusive crianças), ou o conflito entre Israel e Irã tem sua conexão direta com várias profecias bíblicas. E muitas delas estão relacionadas à formação do Estado de Israel em 1948 e à reunificação de Jerusalém em 1967.
Esses eventos históricos e contemporâneos trazem à tona, a luz das interpretações proféticas, considerando sua relevância geopolítica e espiritual.
SOBRE OS ANOS: 1948 e 1967
A formação do Estado de Israel em 14 de maio de 1948 é um marco histórico sem precedentes. Após quase dois mil anos de dispersão, os judeus retornaram à sua terra, cumprindo uma profecia central em passagens como Ezequiel 36:24 ("Eu os tirarei das nações, os ajuntarei de todos os lados e os trarei para a sua própria terra") e Ezequiel 37:1-14 (a visão dos ossos secos, simbolizando a restauração de Israel). Esse evento, conhecido como a "ressurreição" de Israel, foi visto como um "super sinal" profético, marcando o início do que alguns chamam de "relógio profético" para os últimos dias. A proclamação de independência por David Ben-Gurion, reconhecida imediatamente pelos EUA, consolidou Israel como nação, apesar da oposição de nações árabes vizinhas, que desencadearam a Guerra Árabe-Israelense de 1948.
Em 1967, a Guerra dos Seis Dias resultou na reunificação de Jerusalém sob soberania israelense, um evento de imenso significado espiritual e político. Israel capturou Jerusalém Oriental, a Cisjordânia, a Faixa de Gaza, as Colinas de Golã e a Península do Sinai, expandindo significativamente seu território.
Para mim, um estudioso da Bíblia, a reunificação de Jerusalém ecoa profecias como Zacarias 12:2-3, que descreve Jerusalém como um "cálice de tonteira" e uma "pedra pesada" para as nações no fim dos tempos. Este evento também é visto como um passo rumo ao cumprimento de Lucas 21:24, que menciona que Jerusalém seria "pisada pelos gentios até que os tempos dos gentios se completem".
O Conflito Atual entre Israel e Irã
O atual conflito entre Israel e Irã, intensificado em 2025, é marcado por uma guerra indireta (proxy) que evoluiu para ataques diretos. Israel realizou bombardeios contra instalações nucleares e militares iranianas, motivado por preocupações com o programa nuclear do Irã e seu apoio a grupos como Hamas e Hezbollah.
O Irã é identificado como a antiga Pérsia mencionada em Ezequiel 38:5, é visto como um ator central em profecias sobre os últimos dias. Ezequiel 38 descreve uma coalizão liderada por "Gogue, da terra de Magogue", que, junto com a Pérsia (Irã) e outras nações, atacará Israel. Não serei leviano de afirmar com certeza que os eventos atuais sejam o cumprimento direto dessa profecia.
A crescente hostilidade entre Israel e Irã, combinada com a aliança entre Irã e Rússia (frequentemente associada a Magogue), é interpretada por alguns como um prenúncio desse cenário profético.
As profecias bíblicas, especialmente as de Ezequiel 36-39, Isaías 66:8 e Zacarias 12-14, são frequentemente citadas em relação à restauração de Israel e aos conflitos dos últimos dias. A formação de Israel em 1948 é amplamente vista como o cumprimento de Isaías 66:8 ("Pode uma nação nascer num só dia?"), dado o caráter súbito e extraordinário do evento.
A reunificação de Jerusalém em 1967 reforça a ideia de que Israel é o epicentro dos eventos proféticos. Zacarias 12:2-3 e Joel 3:2 sugerem que Jerusalém será o foco de conflitos globais nos últimos dias, com nações se reunindo contra ela. O crescente isolamento de Israel, observado em críticas internacionais e na pressão contra suas ações militares, alinha-se com essas previsões.
A relação com o Irã, especialmente sua retórica de destruir Israel e seu apoio a grupos como Hezbollah, ressoa com Ezequiel 38:5, que lista a Pérsia como parte de uma coalizão contra Israel. A aliança recente entre Irã e Rússia, incluindo acordos de fornecimento de drones e mísseis, fortalece a interpretação de que esses eventos podem ser precursores da guerra de Gogue e Magogue.
Reflexão Teológica e Espiritual
Para os que estudam a Bíblia há décadas, como eu, a precisão das profecias é impressionante. A restauração de Israel em 1948 e a reunificação de Jerusalém em 1967 são vistos como marcos que confirmam a confiabilidade das Escrituras. Passagens como Lucas 21:28 ("Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a vossa cabeça, porque a vossa redenção está próxima") e Salmos 122:6 ("Orai pela paz de Jerusalém") incentivam os crentes a permanecerem vigilantes e a orar por Israel em meio aos conflitos atuais.
Embora os eventos de 2025 entre Israel e Irã não sejam necessariamente o cumprimento final das profecias, eles ecoam os sinais descritos nas Escrituras, como o aumento da hostilidade contra Israel e a formação de alianças contra ela. A possibilidade de intervenção dos EUA, seja por apoio militar ou diplomático, reforça a centralidade de Israel no cenário global, alinhando-se com a ideia de que os "sinais dos tempos" estão intrinsecamente ligados ao povo e à terra de Israel.
Estejam atentos aos sinais.
Sérgio Júnior