No Ceará, estudantes e professores de cursos da área da saúde estão se mobilizando para exigir o retorno imediato das aulas presenciais. A pressão reflete a preocupação com a qualidade da formação de futuros médicos, enfermeiros e outros profissionais, que dependem de práticas em laboratórios e hospitais para se preparar para o mercado de trabalho.
O movimento começou após meses de ensino remoto, adotado em algumas instituições devido a restrições orçamentárias e medidas de segurança. Estudantes argumentam que simulações online não substituem o contato direto com pacientes ou equipamentos, essencial para aprender procedimentos como cirurgias ou atendimentos de emergência. “Sem prática, como vamos salvar vidas?”, questionou um aluno de medicina em Fortaleza, em entrevista ao site. Professores também alertam que a falta de treinamento adequado pode comprometer a segurança dos pacientes no futuro.
A mobilização ganhou força com protestos pacíficos em frente a universidades e reuniões com reitores. O governo estadual ainda não se pronunciou oficialmente, mas a situação expõe um desafio maior: a necessidade de investimentos na educação em saúde para garantir profissionais capacitados. Para o Brasil, que já enfrenta carência de médicos em áreas remotas, formar profissionais qualificados é questão de soberania e segurança nacional.
A educação presencial na saúde é inegociável. A formação de qualidade não pode ser sacrificada por soluções improvisadas, e cabe às autoridades priorizar o futuro da saúde pública, garantindo recursos para que as aulas voltem ao normal.