Um relatório chocante do projeto “Sede de Aprender”, revelou que apenas duas das 24 escolas fiscalizadas no Ceará têm ligação com a rede de esgoto. A situação expõe uma crise grave na infraestrutura educacional, que compromete a saúde de alunos e professores e a qualidade do ensino.
O projeto, liderado por organizações da sociedade civil, vistoriou escolas públicas em diferentes cidades cearenses. Além da falta de esgoto, muitas escolas enfrentam problemas como salas sem ventilação, banheiros quebrados e ausência de água potável. “Como uma criança pode aprender em um lugar onde falta o básico?”, questionou Maria Silva, coordenadora do projeto. A falta de saneamento aumenta o risco de doenças, como diarreia, e afasta alunos das aulas.
O Ceará, conhecido por avanços na educação nos últimos anos, enfrenta agora o desafio de recuperar sua infraestrutura escolar, especialmente após cortes em investimentos públicos. A situação reflete um problema nacional: o Brasil ainda tem 5,3 milhões de pessoas sem acesso a esgoto, segundo o IBGE, e as escolas públicas são diretamente afetadas.
A educação é a base de uma nação forte, e negligenciar a infraestrutura escolar é inaceitável. Cabe às autoridades locais e estaduais priorizar recursos para resolver essa crise. A sociedade civil, com iniciativas como o “Sede de Aprender”, mostra o caminho, mas o governo precisa agir com urgência.