(Inspirado em “Se”, de Djavan)
Vocês dizem que não sabem se não
O Brasil tem certeza que sim
Vocês reclamam da invasão
Mas vocês sabem dos "meios", antes desse "fim".
O país leva a sério mas vocês disfarçam
E ficam nessa psicologia de pavor
Dizem ser golpe o que é constituição
Querem calar a voz da nossa Nação.
Se o voto brilhasse como a luz do dia,
Se a urna cantasse com transparência e harmonia,
Se o povo fosse ouvido sem censura ou ironia,
Nada disso aconteceria
Nem dúvida, nem dor, ou apatia.
Sei lá o que te dá,
Você cala meu grito, desvia do olhar,
Censura o direito de questionar.
Eu só quero um voto limpo, uma democracia sem véu,
Quer ser deus nesse inferno que você finge ser céu.
Em 2014, Aécio pediu auditoria:
“Esses votos estão estranhos, tem algo aí.”
O TSE ouviu? Fingiu que não viu.
E a desconfiança ficou — não morreu, só sumiu.
2018, Bolsonaro venceu,
Mas a dúvida, meu bem, não se esqueceu.
O Inquérito 1361, em 2019, abriu o sinal:
Apurou falhas reais no sistema eleitoral.
Não era teoria, era fato, era papel
Mas engavetaram como se fosse pastel.
Não adianta, intimidar, esse direito não entrego,
Quero a verdade, não esse jogo cego.
Quero liberdade e quero emprego.
Esqueça o tempo de "eu só quero sossego".
O povo pediu: voto auditável.
O Congresso aprovou — foi palpável!
Mas o STF entrou no jogo, desfez a decisão,
E a confiança virou tensão.
Chega então 2022:
Eleições tensas, censura feroz.
O povo nas ruas, em novembro e dezembro,
Gritava por transparência — era só isso que lembram.
Mas o TSE silenciou, chamou de delírio,
E cada protesto virou crime no noticiário.
Oito de janeiro: quebraram vidraças, é verdade.
Mas antes disso veio a tempestade de parcialidade:
Meses de gente pedindo respeito,
E sendo ignorada com um grito abafado no peito.
Sei lá o que te dá,
Você chama de golpe quem só quer clareza,
Enquanto esconde fatos com sutileza.
Somem logs, imagens, celulares, e agora a liberdade.
Não é sobre Lula, nem Bolsonaro,
É o Brasil pedindo o raro:
Um voto com confiança, e não mais teatro caro.
Não é sobre esquerda ou direita
Não somos meninos
É sobre a democracia perfeita, é sobre escrutínio
Se o sistema fosse claro,
Se os poderes ouvissem o povo de fato,
Se o “se” virasse “é”, e não mais uma questão de "fé "
Estaríamos hoje podendo comprar ovos, laranja, e tomar café.
Vocês têm que largar a mão do NÃO
Seguir piamente a Constituição
Para termos um belo fim....
Sérgio Júnior