O governo federal lançou o programa “Agora Tem Especialistas” em 30 de maio, prometendo contratar 10 mil médicos especialistas para reduzir filas no Sistema Único de Saúde (SUS). Com um orçamento de R$ 2,5 bilhões, financiado por emendas parlamentares, o plano foca em áreas como cardiologia, ortopedia e oncologia, atendendo regiões carentes. A iniciativa, anunciada pelo Ministério da Saúde, busca aliviar a pressão sobre o SUS, que atende 75% da população brasileira, mas enfrenta críticas por longas esperas e falta de estrutura. Segundo a Gazeta do Povo, o programa é visto como um passo positivo, mas especialistas alertam que a falta de equipamentos e hospitais adequados pode limitar seu impacto.
“O SUS precisa de mais do que médicos. Faltam leitos, tomógrafos e até medicamentos básicos”, afirmou o médico Carlos Almeida. Dados do Conselho Federal de Medicina mostram que 60% dos hospitais públicos não têm infraestrutura para cirurgias complexas, o que levanta dúvidas sobre a viabilidade do plano. Além disso, a resistência de sindicatos médicos, que exigem melhores salários e condições, pode complicar a execução. O governo Lula defende que o programa é um marco na saúde pública, mas críticos, como o deputado Osmar Terra (MDB-RS), apontam que “promessas grandiosas sem planejamento viram propaganda”. A população, cansada de filas, espera resultados concretos, mas o histórico de ineficiência do SUS alimenta o ceticismo.