É sabido que a esquerda usa as ferramentas e os instrumentos da Democracia para se infiltrar nas estruturas do poder como forma de corrompê-las e adequá-las às suas conveniências e estratégias. O mais assustador é que, cinicamente, eles vendem a morte da democracia como essencial para que a democracia deles viceje e se fortaleça. Eliminando a divergência e qualquer alternância de poder.
Por um cuidadoso dever de respeito a cada um dos leitores, quero que desde já saibam que sou defensor da República como regime de governo e do presidencialismo como sistema de governo.
No meu modo de ver e entender a dinâmica da vida, não existe dobradinha mais funcional do que esta, sendo o parlamentarismo apenas uma enjambração esquerdista que tem como único objetivo alimentar a indústria da corrupção e desrespeitar a vontade da maioria dos eleitores.
Nós, no Brasil, vivemos um parlamentarismo disfarçado ou um presidencialismo de cooptação para formar maioria e forjar a continuidade de dirigentes que não possuem respaldo popular. No Brasil, o parlamentarismo se escancara a partir do assim chamado 2º turno, mecanismo perverso e que serve de oportunidade de cooptação de apoios, do toma-lá-dá-cá e de outras práticas que desencadeiam a construção de maiorias sem convegência ideológica e que tem como pontos “comuns” a voracidade do uso das estruturas de poder que possam abocanhar a partir da conquista de ministérios, administração de empresas públicas e poder e influência para aceder a verbas públicas através de contratos conquistados em licitações de cartas marcadas.
Em nosso parlamentarismo caboclo o poder funciona a partir dos acordos com o Centrão…
Mas o que eu quero abordar é sobre o uso do parlamentarismo como sistema de governo para desrespeitar a vontade da maioria. Vejamos o caso das eleições na Espanha, em 23 de julho de 2023, as eleições legislativas portuguesas e as eleições previstas para 23 de fevereiro na Alemanha.
Tenhamos como premissa básica que nestes três países a existência de um partido de Direta é fenômeno recente. O que vigiu foi um teatro de tesouras vergonhoso, onde em Portugal se estipulou que o PSD seria “de Direita” e o PS de esquerda – além de uma renca de siglas deste campo que primam pelo saudosismo e pela estupidez como IL-Iniciativa Liberal, BE-Bloco de Esquerda, CDU (aliança entre o Partido Comunista Português, e o Partido Verde), PAN-Partido dos Animais e da Natureza. Todos estes partidos da esquerda não alcançaram individualmente 5% dos votos e fosse Portugal sério, e eles não teriam representação e nem voz – mas, por incrível que pareça, na mídia estas maritacas desprovidas de cérebro acabam contando com a generosidade de militantes travestidos de jornalistas.
No resultado final das Legislativas portuguesas realizadas em 10 de março de 2024, AD (suruba de siglas e interesses onde se encontram PPD/PSD.CDS-PP.PPM) que a mídia vende como sendo a Direita limpinha e responsável conseguiu 28.83% dos votos. O PS, uma extrema esquerda que a mídia vende como esquerda democrática, conseguiu 27,98% dos votos. O Chega, de extrema, ultra e sei lá o que de Direita alcançou 18,06% dos votos – a despeito de verdadeira cruzada de insanidade, mentiras e ataques que a sigla e seus membros enfrentou 24 horas por dia na mídia. Basta informar para quem não sabe, que a mídia e o estblishment de esquerda que domina a máquina pública e a mídia de Portugal, um país totalmente socialista, usaram como mantra diário a consigna de: com o Chega, não!
E o governo de minoria se mantém pelo medo que o PS tem de, havendo novas eleições legislativas, o Chega crescer ainda mais e ser até mesmo a força política ais votada. Assim, em Portugal, o que temos é Luis Montenegro, um tolo como primeiro ministro que passa mais temendo semeando o medo do Chega do que gerindo o país.
Esse é o parlamentarismo padrão português.
O caso da Espanha é ainda mais emblemático e revelador. Lá também a Direita tem o Vox como sua força política e desde o fim do franquismo se estruturou um teatro de tesouras ridículo com o PP sendo apontado como de Direita, quando na verdade não é nem de Centro, e o PSOE como uma esquerda democrática e que não passa de uma cópia do modelo bolivariano de esquerdismo.
O PP foi o mais votado com 33,1%, ficando o PSOE com 31,7%, o Vox alcançou 12,4%, Sumar com 12,3 e a Esquerda Republicana da Catalunha com 1,8%. Lá também a campanha toda foi centrada naquilo que eles chamam de “cordão sanitário” que determinou: todos menos o Vox! Basta mencionar que a campanha do PP não foi contra os roubos da esquerda do PSOE, mas centrou no perigo que representava votar no Vox. Ou seja: por pressão da esquerda, o PP se acadelou e fez do PSOE governo com os votos da ERC.
Ou seja: o parlamentarismo foi estruturado para manter a esquerda no poder e poderíamos aqui lembrar os episódios eleitorais na Polônia e da Holanda – em um cenário que deve estar presente também na Alemanha onde a CDU, de Centro Direita, é a principal força política e a AfD, de Direita, está em segundo lugar em todos os levantamentos das intenções de voto. Lã na Alemanha criaram uma versão chucrute do cordão sanitário, chamado Firewal.
É através do Parlamentarismo que a esquerda, com sua predisposição para negociatas e falcatruas, faz de tudo para manter-se no poder. E tanto faz se for numa República ou numa Monarquia.
Sintetizando, a única forma de realmente termos respeito à vontade popular é na República Presidencialista – desde que seja através de processos de votação transparentes, com voto impresso e contagem pública em cada sessão eleitoral…
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