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TRUMP PRESSIONA CHINA E DÓLAR SOBE NO BRASIL

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Maria Rosa M Pires
Por: Maria Rosa M Pires
15/05/2025 às 15h53
TRUMP PRESSIONA CHINA E DÓLAR SOBE NO BRASIL

A guerra comercial liderada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, contra a China ganhou força, e o Brasil sentiu o impacto. Novas tarifas ameaçam exportações-chave, elevando o dólar e pressionando o trabalhador brasileiro.

A Jogada de Trump e o Desafio do Brasil

Trump, em seu segundo mandato, exigiu melhores termos comerciais com a China, maior parceira do Brasil, segundo o Departamento de Comércio dos EUA, e hoje, 15 de maio, anunciou tarifas de 10% sobre importações, incluindo aço, soja e carne brasileiros, citando o tráfico de fentanil, mas mirando o déficit comercial dos EUA (US$ 971 bilhões em 2024, U.S. Census Bureau). O Banco Central do Brasil registrou alta de 0,5% no dólar, que fechou a R$ 5,70, conforme o Boletim Focus. O Ministério da Economia busca negociações para proteger os US$ 337 bilhões em exportações de 2024, dos quais US$ 33,7 bilhões foram para os EUA, segundo a Secex.

Impactos: Aço, Soja e Carne

O aço (US$ 4,2 bilhões exportados aos EUA) enfrenta tarifa de 25% mais os 10% novos, custando R$ 500 milhões anuais à CSN, diz o Instituto Aço Brasil. A soja (US$ 8,7 bilhões no 1º trimestre de 2025) pode subir US$ 20 por tonelada, segundo a Aprosoja, mas a China, que comprou 16,99 milhões de toneladas (76,6%), aumentou importações após banir 400 frigoríficos americanos, per Ministério da Agricultura. A carne (US$ 1,8 bilhão) lida com 36,4% de tarifas totais, mas a escassez de gado nos EUA favorece o Brasil, segundo a Abiec.

Inflação e o Bolso do Brasileiro

O dólar alto encarece trigo (40% importado), combustíveis e eletrônicos. O IPCA, em 4,62% em 2024, pode chegar a 5,5% em 2025, diz o Banco Central, com combustíveis subindo 0,4% por 1% de alta no dólar, segundo o Ministério da Economia. A equipe de Lula negocia com os EUA, liderada por Howard Lutnick, e busca acordos com a UE e Cingapura, via Mercosul, conforme o Itamaraty.

Riscos e Oportunidades

A China, com tarifas de 125% sobre produtos dos EUA, importou 2,4 milhões de toneladas de soja brasileira em abril, diz a Alfândega Chinesa. Mas a volatilidade cambial ameaça o superávit de US$ 90 bilhões, e um aumento da Selic (12,25%) pode frear pequenas empresas (30% do PIB, Sebrae).  Os planos de governo precisam ser mais responsáveis para que a economia não perca de vez o rumo.

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