“Não auditam nem uma ata”, diz Maduro, questionando os sistemas eleitorais da Colômbia e Brasil. É tragicômico, ainda mais vindo de um ‘presidente’ que se mantém no poder desde abril de 2013, sumindo com seus opositores ou os tornando inelegíveis.
No domingo, 28/07, o governo socialista venezuelano, enfrentará seu maior desafio eleitoral em décadas, uma vez que milhares de venezuelanos tem participado, com entusiasmo, da campanha de Edmundo González Urrutia, adversário do ditador Nicolás Maduro na concorrência ao cargo de Presidente da Venezuela.
González tem reais chances de vencer o pleito. Segundo Phil Gunson, analista sênior da consultoria Crisis Group, sediado em Caracas "As condições da eleição estão extremamente desequilibradas, com o governo usando todos os recursos estatais para favorecer Nicolás Maduro. Portanto, a eleição não é justa. No entanto, a oposição ainda tem chances. De fato, as pesquisas mostram Edmundo González, substituto de María Corina, com uma vantagem de pelo menos 20 pontos na intenção de voto".
Apesar da fala do ditador em relação ao sistema eleitoral brasileiro, eleições anteriores, na Venezuela, foram denunciadas como fraudulentas por organizações internacionais americanas e europeias. Muitos são os questionamentos em relação ao pleito do domingo próximo - Maduro conseguirá vencer sem manipular os resultados? Como seria a transferência de poder? Qual seria o papel dos militares, declarados apoiadores do regime autoritário de Maduro, nesse contexto? E qual seria o futuro do chavismo, que governa a Venezuela há 25 anos? E, se perder, aceitará a derrota?
Creio que não ...
Em 16 de julho, durante um ato de sua campanha em Caracas, o ditador Maduro disse - “O destino da Venezuela, no século 21, depende da nossa vitória em 28 de julho. Se não querem que a Venezuela caia num banho de sangue, numa guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior sucesso, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo”.
Aguardemos o término do sufrágio universal, torcendo para que a tirania seja definitivamente retirada do poder venezuelano.
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