O líder espiritual do budismo tibetano, Dalai Lama, anunciou hoje, 30 de junho de 2025, que um sucessor será nomeado após sua morte. Aos 90 anos, o Dalai Lama, que vive exilado na Índia desde 1959, é uma figura central na luta pela autonomia do Tibete frente à China.
A declaração, feita em um evento em Dharamsala, reforça sua intenção de preservar a tradição espiritual, mas também reacende tensões com Pequim, que reivindica controle sobre o processo de sucessão. A China considera o Dalai Lama um separatista e já sinalizou que pode nomear seu próprio sucessor, o que poderia dividir a comunidade budista.
“O povo tibetano tem o direito de escolher seu líder espiritual, não o governo chinês”, declarou Tenzin Gyatso, o atual Dalai Lama, em discurso. A questão é sensível, pois o Tibete permanece sob forte controle chinês, com denúncias de violações de direitos humanos.
Para setores conservadores, a postura de Pequim é mais um exemplo de autoritarismo, enquanto a resistência do Dalai Lama simboliza a luta pela liberdade religiosa. No Brasil, a notícia ressoa entre comunidades budistas e defensores dos direitos humanos, que veem no anúncio um alerta sobre a influência crescente da China no cenário global.
O futuro do Tibete permanece incerto, e a sucessão do Dalai Lama será um teste para a comunidade internacional em sua capacidade de enfrentar pressões geopolíticas.