O Rio Grande do Sul enfrenta um alerta crescente em relação à dengue, com dados preocupantes. A maioria dos óbitos causados pela doença no estado é de idosos com comorbidades, como hipertensão, diabetes ou problemas cardíacos. A situação acende um sinal vermelho para a população e as autoridades de saúde, que reforçam a necessidade de prevenção e atendimento médico rápido para evitar casos graves.
Segundo especialistas, o manejo clínico precoce é fundamental para reduzir a letalidade da dengue. “Muitos pacientes só procuram ajuda quando os sintomas já estão avançados. Isso aumenta o risco de complicações, especialmente em idosos com saúde fragilizada”, explicou um médico da Secretaria de Saúde do estado. Os sintomas iniciais da dengue, como febre alta, dores musculares e cansaço, podem ser confundidos com outras doenças, o que leva a atrasos no diagnóstico.
A prevenção continua sendo a principal arma contra a doença. Eliminar focos de água parada, usar repelentes e instalar telas em janelas são medidas simples que podem salvar vidas. No entanto, a responsabilidade não deve recair apenas sobre os cidadãos. É essencial que o poder público intensifique as campanhas de conscientização e as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Em um estado ainda marcado pelas enchentes recentes, que criaram condições propícias para a proliferação do mosquito, a vigilância precisa ser redobrada.
A situação serve como um lembrete de que a saúde pública exige planejamento e ação contínua. Para os gaúchos, especialmente os mais vulneráveis, o cuidado com a dengue é uma questão de vida ou morte. É necessário que as autoridades estejam à altura do desafio, priorizando a proteção da população em vez de promessas vazias.