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DIREITA AVANÇA TAMBÉM NA INGLATERRA

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Luiz Philippe de Orleans e Bragança
Por: Luiz Philippe de Orleans e Bragança
15/05/2025 às 10h20
DIREITA AVANÇA TAMBÉM NA INGLATERRA
Imagem gerada por IA

Há duas semanas, um pequeno partido, o Reform UK, ganhou de lavada as eleições municipais na Inglaterra, firmando-se como sigla conservadora. O partido é coerente na defesa da soberania nacional e local, descentralização e cidadania dos ingleses; contra a imigração ilegal, em consonância com a opinião de boa parte da população.

 O Partido Conservador, que deveria ter esse papel, está infiltrado por social-democratas,  na contramão da História. Nas últimas décadas o partido se converteu em Centrão, representando a burocracia, e fez mais pela agenda globalista que muitos da própria esquerda, representada pelo Partido Trabalhista, o Labour Party.

Liderado pelo atual primeiro-ministro Keir Starmer, os trabalhistas mantiveram o comando do parlamento por boa parte do século 20 e 21, com suas propostas sindicalistas e defesa da estatização. Hoje, sem apoio da sociedade para suas ideias ultrapassadas, eles se alinharam aos globalistas para defender a adesão à União Europeia e pautas de imigração, gênero e meio ambiente..

O principal responsável pela eleição do socialista Starmer foi o próprio Partido Conservador. Boris Johnson em 2019 retardou a aprovação do Brexit no parlamento, sendo que a população já o tinha aclamado amplamente em plebiscito. Sob o comando dos conservadores, o Brexit, que deveria promover as necessárias reformas, se rendeu à burocracia e não conseguiu conter a  inflação, que chegou a dois dígitos.

Os sucessores de Johnson, também do Partido Conservador, alinharam-se  à esquerda, em uma clara demonstração de colaboracionismo, e ainda rotularam o Reform UK como estranho à direita. Resultado: em 2024, os trabalhistas voltaram ao poder graças à frouxidão do conservador que virou centrão.

O recado é que a população prefere votar em quem tem propostas claras a apostar em candidatos com postura obscura. Por isso partidos do centrão na Europa estão perdendo para pequenos partidos de direita com posicionamento firme, e o mesmo vai acontecer no Brasil. Nosso centrão se diz de direita, mas não quer refutar a ideologia esquerdista nem combater projetos abusivos dos socialistas.

Não basta vencer uma eleição, é preciso promover mudanças de fato. Se isso não acontecer, será mais uma vitória para a agenda da esquerda. As mudanças passam por todas as instituições e mesmo uma nova Constituição. Se o centrão assumir protagonismo, a esquerda continuará no poder para sempre.

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Luiz Philippe de Orleans e Bragança
Luiz Philippe de Orleans e Bragança
Luiz Philippe de Orleans e Bragança está em seu segundo mandato como deputado federal (PL/SP), com mais de 500 propostas apresentadas com foco em reformas no sistema político, tributário e judiciário, defesa nacional, patrimônio histórico e relações exteriores. É presidente da Frente Parlamentar pelo Livre Mercado.
Graduado em Administração de Empresas pela FAAP/SP e mestre em Ciências Políticas pela Stanford University. Trabalhou no banco JP Morgan, em Londres; e depois no Lázard Freres, em Nova Iorque. Retornou ao Brasil como diretor de desenvolvimento de negócios da America Online (AOL) na América Latina.
Fundou em 2014 o movimento Acorda Brasil e é autor de livros sobre política, constituição e História do Brasil.
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