Rodrigo Lorenzoni e Felipe Camozzato destacam-se no cenário político gaúcho como líderes do conservadorismo e da direita no Rio Grande do Sul. Ambos deputados estaduais, suas trajetórias são marcadas por uma postura firme em defesa da liberdade econômica, da desburocratização e da redução do tamanho do Estado. Em um ambiente político frequentemente caracterizado por consensos que desconsideram valores liberais e conservadores, eles se posicionam como vozes dissonantes e verdadeiros opositores ao governo de Eduardo Leite.
Rodrigo Lorenzoni: Herdeiro de um Legado e Defensor do Empreendedorismo
Rodrigo Lorenzoni, filiado ao Partido Liberal (PL), é filho do ex-ministro Onyx Lorenzoni. Eleito deputado estadual em 2022 com 85.692 votos, sendo o terceiro mais votado no estado, Rodrigo tem se destacado por seu trabalho voltado à desburocratização e à defesa do empreendedorismo.
Entre seus principais projetos de lei, destaca-se o Projeto de Lei da Liberdade Econômica, inspirado na legislação federal e influenciado por conceitos do liberalismo clássico, como os de Friedrich Hayek e Ludwig von Mises. A proposta busca reduzir as barreiras para a abertura e operação de pequenos negócios no estado. Essa iniciativa reflete a visão de que a intervenção estatal deve ser limitada para que a ordem espontânea do mercado possa prosperar.
Essa visão é complementar às ideias conservadoras de Edmund Burke, que pregava a valorização das instituições e da ordem social como pilares de uma sociedade próspera. Lorenzoni também tem sido uma voz ativa na crítica ao excesso de regulamentações estaduais, propondo medidas que desonerem o setor produtivo e ampliem a autonomia dos empreendedores. Para ele, a iniciativa privada é o motor do desenvolvimento econômico, e cabe ao Estado facilitar – e não dificultar – o caminho para aqueles que geram empregos e riqueza.
Felipe Camozzato: A Nova Cara do Liberalismo Gaúcho
Felipe Camozzato, filiado ao Partido Novo (NOVO), é formado em administração de empresas com especialização em finanças e empresário. Eleito deputado estadual em 2022 com 39.517 votos, Camozzato tornou-se referência no debate sobre desburocratização e modernização da gestão pública. Sua atuação é marcada por uma postura técnica e pragmática, com foco na redução do tamanho do Estado e na eficiência administrativa.
Entre suas principais iniciativas, destacam-se projetos que visam a revisão de tributos estaduais e a simplificação do ambiente regulatório. Um exemplo notável é o Projeto de Lei de Simplificação Tributária, que reflete as ideias de Adam Smith sobre a justiça e a simplicidade nos impostos, além de propor um sistema mais transparente e menos oneroso para empresas e cidadãos.
Camozzato também é conhecido por sua defesa da privatização de estatais deficitárias, uma abordagem inspirada na escola de Chicago, de Milton Friedman, que argumentava que o mercado é mais eficiente do que o Estado na alocação de recursos. Esse alinhamento liberal busca priorizar áreas essenciais como saúde, educação e segurança pública, nas quais o Estado deve atuar com maior eficiência.
Oposição ao Governo Eduardo Leite
Em um parlamento estadual onde a maioria das forças políticas tende a alinhar-se com o governo de Eduardo Leite, Lorenzoni e Camozzato emergem como opositores consistentes. Eles têm criticado a condução do governo em temas como aumento de impostos, concessões excessivas ao funcionalismo público e falta de reformas estruturantes.
Enquanto Leite busca apresentar-se como uma figura de centro, Rodrigo e Felipe denunciam medidas que consideram ineficientes e prejudiciais ao desenvolvimento econômico do estado. Essa postura reflete a crítica de autores como Alexis de Tocqueville, que advertia contra o perigo de um Estado centralizador que sufoca a iniciativa individual e a liberdade.
A Representatividade da Direita no RS
Além de seu trabalho legislativo, Rodrigo Lorenzoni e Felipe Camozzato têm um papel simbólico importante: representam a direita no Rio Grande do Sul em um cenário político tradicionalmente dominado por forças de centro-esquerda. Suas posições conservadoras nos costumes e liberais na economia atraem uma base de eleitores que valoriza princípios como responsabilidade fiscal, liberdade individual e fortalecimento da família.
Ambos têm utilizado suas plataformas para conscientizar a população sobre a importância de políticas públicas que valorizem o indivíduo e limitem o poder estatal. Essa mensagem ressoa especialmente em um estado com histórico de protagonismo no debate político nacional.
Vozes de Esperança para os Gaúchos
Rodrigo Lorenzoni e Felipe Camozzato são mais do que parlamentares; são símbolos de resistência e renovação no Rio Grande do Sul. Com suas pautas de liberdade econômica, desburocratização e oposição firme ao governo Eduardo Leite, eles têm se consolidado como lideranças da direita e do conservadorismo no estado.
Seus mandatos, marcados por coerência ideológica e defesa intransigente de seus valores, servem de inspiração para um número crescente de gaúchos que acreditam em um Estado mais enxuto, eficiente e comprometido com a liberdade. Para muitos, eles representam uma voz de esperança na construção de um futuro mais próspero e justo para o Rio Grande do Sul.
Como bem resumiu Edmund Burke, “A liberdade, quando começa a enraizar-se, é uma planta de crescimento rápido.” Assim, a trajetória de Lorenzoni e Camozzato reflete a esperança de que as raízes da liberdade e do conservadorismo possam transformar o Rio Grande do Sul em um estado mais próspero e livre.
Rodrigo Schirmer Magalhães
Cientista político e Analista de Politica
Porto Alegre 11/1/2025
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