Apesar do nome, o “Cartel dos Sóis” não é um grupo hierárquico, mas sim uma rede dentro das principais forças armadas venezuelanas, frequentemente protegida e coordenada por atores políticos.
Essa estrutura, influenciada por rotação militar e patrocínio político, é altamente fluida. O nome provém das estrelas douradas usadas pelas forças da Guarda Nacional. Muitos generais de Maduro estão envolvidos no tráfico de drogas. Na Colômbia, o ex-presidente Álvaro Uribe, com apoio dos EUA, forçou as FARC a moverem operações para a Venezuela, onde estabeleceram laços estreitos com o governo Chávez.
Após um rápido golpe de estado, Chávez aumentou o apoio militar através de posições governamentais e ignorou a corrupção crescente. Os militares não só encobriam traficantes, mas também participavam ativamente em operações ilícitas. Evidências indicam que membros do governo Chávez facilitavam ou mesmo participavam do tráfico. Nos anos de Chávez, a DEA foi expulsa da Venezuela, favorecendo o comércio de drogas.
As acusações de tráfico culminaram em 2020 com o indiciamento de Nicolás Maduro e outros sob acusação de "narco terrorismo". Curiosamente, as sanções americanas levaram a um boom econômico pois os altos membros do cartel "investiram" internamente. Organizações paralelas surgiram dentro do Cartel dos Sóis para interesses pessoais. Drogas fluem por diversos canais com a cumplicidade de políticos e militares, que controlam rotas e protegem operações. Essa dinâmica inclui subornos para fechar os olhos ou criar corredores de passagem seguros.
Em alguns casos, os militares utilizam veículos oficiais para transporte. O regime Maduro controla o sistema nacionalmente não através de intermediários ilícitos diretos, mas sim distribuindo posições estratégicas e concessões. Os Estados Unidos oferecem uma alta recompensa pela captura de Maduro, indicando o peso internacional dessas atividades. O Cartel dos Sóis mantém afiliações com grupos como as FARC, o Cartel de Sinaloa e outros grupos criminosos.
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