A Polícia Federal (PF) formalizou o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, de seu filho Carlos Bolsonaro e do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, por suposta operação de uma “Abin paralela” durante o governo Bolsonaro (2019-2022). A notícia, publicada pela Gazeta do Povo e confirmada por diversas outras mídias, incluindo as internacionais, intensifica a polarização política no Brasil, levantando questionamentos sobre o uso das instituições para fins políticos.
Segundo a PF, o grupo teria utilizado a estrutura da Abin para monitorar ilegalmente adversários políticos, incluindo o ex-governador de São Paulo João Doria e quatro ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como Alexandre de Moraes. O esquema, segundo as investigações, configuraria crimes como espionagem e obstrução de justiça. “Isso é um ataque à democracia. As instituições não podem ser usadas para perseguições”, declarou um parlamentar alinhado a Bolsonaro, em entrevista coletiva.
A oposição, liderada por figuras do PL, alega que o indiciamento é uma tentativa de criminalizar o movimento conservador, especialmente às vésperas das eleições de 2026. “A PF está sendo instrumentalizada para atingir quem defende os valores do povo brasileiro”, afirmou um líder do partido. A defesa de Bolsonaro, por sua vez, busca anular a delação do tenente-coronel Mauro Cid, peça central do caso, argumentando que as provas foram obtidas de forma irregular.
O indiciamento ocorre em um contexto de alta tensão, com o governo Lula enfrentando resistência no Congresso, como na votação contra o aumento do IOF. A notícia reforça a desconfiança nas instituições, que parecem mais focadas em disputas políticas do que em resolver problemas como desemprego e inflação. Urge que a Justiça atue com imparcialidade, sem ceder a pressões ideológicas, para esclarecer os fatos e garantir que a verdade prevaleça.