A Polícia Federal indiciou hoje, 17 de junho, o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, por supostamente operar uma “Abin paralela” para monitorar adversários políticos, segundo a Gazeta do Povo e a Revista Oeste. A investigação, que inclui áudios clandestinos, é vista por conservadores como parte de uma perseguição política contra a direita.
O relatório da PF alega que a Abin, sob Ramagem, usou recursos públicos para investigar ilegalmente ministros do STF, jornalistas e políticos opositores entre 2019 e 2022. A “Abin paralela” teria produzido relatórios sigilosos para beneficiar o governo Bolsonaro. Os indiciados negam as acusações, afirmando que as provas são frágeis e manipuladas. “É uma caça às bruxas”, declarou Ramagem em nota.
A investigação ganhou força após a apreensão de documentos na casa de Bolsonaro e depoimentos de ex-funcionários da Abin. O caso agora segue para o Ministério Público, que decidirá se apresenta denúncia ao STF. Enquanto isso, aliados de Bolsonaro, como deputados do PL, denunciam o que chamam de “armação” para enfraquecer a oposição antes das eleições de 2026.
O indiciamento reforça a percepção de que instituições estão sendo usadas para perseguir líderes de direita. O povo brasileiro, que elegeu Bolsonaro em 2018 com milhões de votos, merece transparência sobre as motivações por trás dessas investigações. A justiça deve ser imparcial, não uma ferramenta de vingança política.