A infraestrutura brasileira está em xeque, com a dívida pública bruta alcançando 78,6% do PIB em março, segundo o Banco Central, sufocando investimentos essenciais.
O Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), carro-chefe do governo Lula, executou apenas 32% dos R$ 1,7 trilhão previstos para 2024, conforme o Ministério da Infraestrutura. Das 14.831 obras planejadas, 3.590 estão paralisadas, incluindo 450 escolas, 120 unidades de saúde, 230 projetos de saneamento, e 1.800 quilômetros de rodovias. O IBGE aponta que 35 milhões de brasileiros vivem sem acesso a saneamento básico, e 15% das cidades não têm água tratada regularmente.
Os atrasos afetam principalmente o Nordeste, onde 42% das obras de infraestrutura estão paradas, e o Norte, com 1,2 milhão de famílias sem acesso a moradia digna.
O TCU identificou falhas na gestão, com 28% dos projetos sem cronograma claro e 15% com irregularidades em licitações. O governo anunciou a liberação de R$ 50 bilhões para retomar obras em 2025, mas apenas 10% desse valor foi empenhado até abril, segundo o Portal da Transparência. Enquanto isso, rodovias como a BR-319, essencial para o Amazonas, seguem intransitáveis, e 6,5 milhões de brasileiros vivem em áreas sem pavimentação, conforme o IBGE.
As políticas públicas do governo Lula, que despejam bilhões em gastos sem controle fiscal, não estão deixando espaço para obras que poderiam transformar o país. O aumento de despesas correntes, que consumiram 62% do orçamento federal em 2024, segundo o Tesouro Nacional, trava investimentos estruturantes.
Relatórios oficiais podem tentar vender o PAC como um sucesso, com números inflados de “obras em andamento”, mas a realidade de estradas em ruínas, escolas inacabadas e comunidades sem água conta uma história diferente.
A sociedade aguarda que o dinheiro chegue ao chão, nas pontes, escolas e tubos que o Brasil precisa. Chega de engolir promessas que ficam no papel.
Urge que o governo entregue resultados no lugar de desculpas.