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OPOSIÇÃO ACUSA MORAES POR SUBVERSÃO DA ORDEM AO MANDAR PRENDER ZAMBELLI

O Brasil precisa reagir

Hermínio Naddeo
Por: Hermínio Naddeo
05/06/2025 às 10h35
OPOSIÇÃO ACUSA MORAES POR SUBVERSÃO DA ORDEM AO MANDAR PRENDER ZAMBELLI
Imagem WEB

Zucco, em outra ocasião, já pediu o impeachment de Moraes.

Em duríssima nota assinada pelo líder Tenente-Coronel Zucco, a Oposição do Brasil acusou como "subversiva, autoritária, ditatorial, intimidatória e inconstitucional" a decretação da prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli, que continua no pleno exercício do cargo:

- Isto (a decretação da prisão) representa um atentado frontal à Constituição, ao devido processo legal e às garantias democráticas. A Constituição é cristalina: parlamentares só podem ser presos em flagrante e por crime inafiançável. Não é esse o caso. Ainda assim, de forma monocrática, um ministro do Supremo Tribunal Federal atropela as leis, rasga a Constituição e subverte os princípios mais básicos do Estado de Direito. O deputado exige que a ordem de prisão seja imediatamente submetida ao crivo da Câmara, conforme manda a Constituição.

O líder da Oposição considera desumano, além de tudo, o bloqueio das redes sociais do filho da deputada, João, de apenas 17 anos, e da própria mãe da deputada, Rita Zambelli.

Leia abaixo a íntegra da nota:

Nota Oficial — Liderança da Oposição na Câmara dos Deputados

A decisão que determina a prisão da deputada federal Carla Zambelli representa um atentado frontal à Constituição, ao devido processo legal e às garantias democráticas.

A Constituição é cristalina: parlamentares só podem ser presos em flagrante e por crime inafiançável. Não é esse o caso. Ainda assim, de forma monocrática, um ministro do Supremo Tribunal Federal atropela as leis, rasga a Constituição e subverte os princípios mais básicos do Estado de Direito.

Não estamos diante de uma decisão jurídica, mas de um ato político, autoritário e persecutório. A escalada da ditadura do Judiciário, que hoje atinge a deputada Carla Zambelli, já avançou sobre outros parlamentares e centenas de cidadãos brasileiros, muitos deles presos indevidamente e outros tantos exilados no exterior.

Mais grave ainda é o ataque desferido contra sua família, com o bloqueio das redes sociais de seu filho, João Zambelli, um jovem de apenas 17 anos, e de sua mãe, Rita Zambelli, pré-candidata a deputada federal. Soma-se a isso o absurdo bloqueio dos bens da deputada — medida que, além de flagrantemente abusiva, agrava ainda mais a sucessão de ilegalidades presentes nesse despacho autoritário.

Diante de tamanha gravidade e da total ausência de precedentes na história do Parlamento brasileiro, a Presidência da Câmara dos Deputados — na figura do presidente Hugo Motta — tem o dever constitucional, institucional e moral de se manifestar com firmeza e urgência. O que está em jogo não é apenas a imunidade parlamentar, mas a própria sobrevivência do Poder Legislativo como instituição livre, independente e autônoma.

Ademais, é imprescindível que a ordem de prisão preventiva imposta à deputada Carla Zambelli seja imediatamente submetida à deliberação do Plenário da Câmara dos Deputados, conforme determina expressamente a Constituição Federal. Qualquer omissão nesse sentido significará não apenas a conivência com mais um atropelo, mas a renúncia, por parte desta Casa, de sua própria autoridade e de suas prerrogativas institucionais.

O Brasil precisa reagir. Precisamos, juntos, defender a democracia, a liberdade e a Constituição. O que está em jogo não é apenas a imunidade parlamentar, mas o futuro da liberdade no nosso país.

A Liderança da Oposição se solidariza integralmente com a deputada Carla Zambelli e reafirma seu compromisso de denunciar esses abusos em todas as instâncias nacionais e internacionais. O Brasil não aceitará viver sob o regime da mordaça, da perseguição e do arbítrio.

 
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Políbio Braga
Políbio Braga
Políbio Braga faz jornalismo desde os 17 anos de idade. Com esta idade, também fez militância estudantil e foi presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas entre 1962 e 1963. Mais tarde, a partir dos 40 anos, também exerceu atividade no setor público e foi secretário da Indústria e Comércio e da Fazenda de Porto Alegre, além de secretário de Relações Internacionais e chefe da Casa Civil do governo do estado do Rio Grande do Sul. Foi preso duas vezes durante o regime militar brasileiro, em 1962 e 1972. Publicou um livro sobre esta experiência, chamado Ahú, diário de uma prisão política. Outros livros publicados: "Herança Maldita, os 16 anos do PT em Porto Alegre" e "Cabo de Guerra. Trabalhou nos jornais Diário Catarinense, Correio da Manhã, Última Hora, Gazeta Mercantil, Zero Hora, Correio do Povo e Jornal do Comércio, e nas revistas nas Veja e Exame. Também apresentou e participou de programas de televisão na RBS, Band, TV Pampa e TV Guaíba além de programas de rádio.
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